6 de dezembro de 2011

Mãe de Fotografia

"Táqui" outro post que venho há muito, muito, mas muito tempo meeesmo, (coisa de, sei lá, talvez 1 ano) cozinhando em meus pensamentos (e rascunhando) sem coragem de postar...
Mil vezes pensei em postar... mil vezes desisti... mas, considerando que esse blog é para ser um local onde eu possa colocar meus sentimentos, dúvidas, conflitos em relação à essa maternidade doida... então...pedindo desculpas a quem se sentir ofendida e sem a menor intenção de criticar ninguém preciso falar...

Queria falar aqui sobre uma categoria de mãe que sempre me causou ao mesmo tempo inveja e repúdio (e está aí o meu conflito).
Não quero entrar aqui no mérito do que é certo ou errado , até porque, como já disse "trocentas" vezes, acho que em termos de maternidade não existe certo ou errado (salvando-se as aberrações né?). Enfim.. são apenas reflexões minhas que gostaria de externar.

Ouvi essa definição uma vez: "Mãe de Fotografia" e ela se encaixou perfeitamente nessa categoria a que estou me referindo. Sabe aquelas mães (felizardas ou não) que não precisam se preocupar com a parte chata trabalhosa da maternidade? Aquelas que têm babá para dar banho, para se estressar na hora da comida, pra levar junto nos passeios e viagens e até na hora de pôr pra dormir? Aquelas que só precisam se preocupar em dizer como fazer do jeito delas e escolher as roupas para todos saírem felizes e sorridentes nas fotos de família?

E a mãe em questão... então... essa está sempre impecável nessas fotos: magéeerrima (pois tem todo o tempo do mundo para malhar e cuidar da alimentação), penteadéeerrima e arrumadéerrima (pois não existe a oportunidade do filho lhe puxar o cabelo ou fazê-la rolar no chão para se despentear e se sujar toda - a não ser pra fotografar o momento, claro!) e com as melhores roupas (pois tem também o mesmo todo tempo do mundo para andar nos shoppings, escolher - e até provar... vejam só... todas as roupas que lhe interessarem até que possa escolher a que melhor lhe vestir). Tá... ok... aqui foi descrita minha dor de cotovelo... "táqui" a parte da minha inveja... tudo que eu nunca tive tempo de fazer... rs... e que não acho, sinceramente, que seja supérfulo não, acho super importante para auto-estima e para como as outras pessoas te vêem também (e quem aqui disser que isso não tem a menor importância, serei obrigada a dizer que será uma mentira deslavada e pura hipocrisia; pode não ser A coisa mais importante, mas dizer que não tem a MÍNIMA importância... vá lá né?!).

Mas então... antes de Pissuca nascer, eu sempre achei essa total delegação um absurdo (opinião compartilhada pelo marido, lógico, e podia ser diferente?). Na verdade confesso que ainda não concordo muito. Não que eu esteja dizendo que a babá é figura totalmente dispensável ou que cause algum prejuízo pra criança... de jeito nenhum e muitíssimo pelo contrário... Quem me dera ter uma babá para "me cobrir" quando precisasse fazer outra coisa ou só pra descansar um pouquinho... Mas realmente acredito que há que se ter certos limites (como em tudo na vida, né minha gente!) mas sempre sofri com a contradição de querer cuidar, de querer estar totalmente presente e o stress e cansaço que essa dedicação provoca.

Sabe que foi até bom não ter escrito sobre isso antes, pois, agora, depois de 3 anos, e Pissuca já totalmente muito mais independente e dando muuuuuuito menos trabalho, posso comentar de cadeira e experiência de causa. Eu, sinceramente (e muito mais agora depois de 3 anos dessa total dedicação) acho que realmente faz diferença a real presença da mãe em todos os sentidos.

Sempre ouvi a história de que mãe que delega tudo para a babá acaba perdendo a referência materna pro filho. Antes de ser mãe eu tinha total convicção de que isso era verdade; depois que Pissuca nasceu eu, assoberbada com todo o trabalho e abnegação, comecei a me questionar... mas será mesmo? Mãe não é sempre mãe e pronto? E o sangue? E o cordão umbilical... Agora... bem... agora observando experiências nas 2 situações, acho que deve fazer alguma diferença sim, não no extremo da criança perder a total referência da mãe, claro que não, mas acredito firmemente que alguma diferença no relacionamento existe sim e, no aspecto educacional também acho que facilita, tanto pra mãe quanto pro filho, que esses primeiros anos sejam de total aproximação, quase simbiose (na medida saudável da palavra).

Vamos lá... nem tanto ao céu... nem tanto à terra, né?! E eu confesso que pequei pelo outro lado da balança também... reconheço que eu poderia ter me afastado um pouco mais em certas situações. Eu sempre comentei sobre Pissuca ser muito agarrada. Vários são os relatos que demonstram minhas preocupações nesse sentido (aqui , aqui e aqui, por exemplo); com relação à vida profissional então... nem se fala (ou melhor... fala-se sim! E o que é que eu não falo?! rs); e ainda hoje acho que ela poderia ser um pouco menos carrapatinha de mamãe nesse sentido; mas acredito que o fato de eu ter dedicado a ela atenção total em suas necessidades desde o início ( como trocar fralda, dar banho, pôr pra dormir... essas necessidades quase fisiológicas, do dia a dia mesmo, que normalmente as mães em questão delegam às babás e que, nos primeiros anos de vida da criança, é só do que elas precisam - além de amor... né?!) , criou entre nós duas uma relação de cumplicidade, de conhecimento, de carinho e até de respeito mútuos que eu, muito sinceramente e sem a menor falsa modéstia, não acredito que seja capaz ser estabelecido por essas mães que só estão presentes ou nos momentos muito bons (da curtição) ou nos péssimos (doenças e etc... porque aí se delegar à babá os cuidados com a criança até quando ela estiver doente... entra na situação da aberração né não?!)...

Enfim... o fato é que percebo que ela me ouve quando quero ensiná-la algo ou até quando tenho que lhe chamar a atenção, não por medo da bronca ou do cantinho, mas porque ela aprendeu a confiar em mim integralmente (e acredito que isso faça toda a diferença na educação dos filhos). Ela sabe que não minto pra ela, que se precisar brigar, eu vou brigar mas ela saberá o porquê da bronca... Lógico também que ela não elabora esse raciocínio aos 3 anos (e há que se respeitar aqui as devidas proporções para uma criança de 3 aninhos), mas justamente pelo convívio, esse raciocínio fica intuitivo.
Facilmente eu consigo compreender suas ações e reações somente pelo olhar e existe um carinho entre a gente que, nossa... não sei nem como descrever aqui... um carinho sem hora, sem motivo, nem lugar... só carinho ... a toda hora e instante, sem nenhum motivador ou interesse... beijinhos e abraços sem fim...

Por tudo isso realmente acho que toda a priorização, desprendimento e abnegação têm valido totalmente a pena porque, seja nessa relação tão carinhosa; seja quando a vejo dando um beijinho em alguém, pedindo desculpas, dizendo obrigado e pedindo por favor sem eu precisar alertá-la (sim... só isso...simples-assim!), é o retorno mais valioso que eu poderia ter (e enche o coração da mãe aqui de muito orgulho e felicidade).

Só agora (depois de 3 anos) estou começando a retomar verdadeiramente pequenos prazeres (que eu até tentei retomar há um tempo atrás, mas só agora estou realmente conseguindo). E quanto a me distanciar um pouco mais (sim, pois é fato que esse distanciamento também é necessário para a criança poder se desenvolver mais independentemente)... bem... como não podia deixar de ser.... hehehe .... estou estudando. Um dos livros que estou lendo é "Como NÃO ser uma mãe perfeita" (título seriamente candidado à resenha na nossa Biblioteca de Mãe).

Por fim, fica aqui um alento para as mães que, como eu, abdicaram de muitos prazeres para estar sempre com os filhotes e são sempre muito criticadas por isso ("tá dando muito colo", "tá sendo uma mãe superprotetora" e blá blá blás...): aguentem e aguardem, a recompensa vem em forma de muito amor (e amor de todas as formas)!



It's not only ... 


 Foto by: http://www.flickr.com/photos/steffilynnphotog/

27 de novembro de 2011

Um dia verdadeiramente inacreditável!

Agora vocês me digam se não estou precisando de férias...

Bom... daí que no sábado dia 12 foi aniversário de Pissuca e, como já comentei-medesculpei-desabafei aqui, estive uns 2 meses envolvida com o planejamento e execução (já que sou eu quem decoro e faço tudo, exceto o bolo, docinhos e salgadinhos - prometo que logo faço o já prometido post).
Daí que na sexta seguinte, dia 18, foi o aniversário de Pissuca na escolinha... e foi na véspera que eu percebi que ser uma profissional de sucesso (ã-rham!), administrar casa, marido e cachorro (não necessariamente nessa mesma ordem) e ainda ser mãe dedicada... tudo isso com o agravante da pessoa ser perfeccionista ao extremo, pode ser bastante estafante e gerar consequências físicas e mentais que beiram à esclerose .

Nesse dia eu tinha consulta médica pela manhã... deixei Pissuca na escola e passei correndinho no supermercado (antes de ir pra consulta) para mandar revelar (naquele esquema na-hora) as fotos para montar a linha da vida de Pissuca (parte da comemoração na escolinha no dia seguinte) e comprar uma fôrma de bolo maior e confeitos (na escolinha de Pissuca, eu levo só o bolo com cobertura e as próprias crianças confeitam o bolo e enrolam os brigadeiros para os parabéns - imagina a farra!)... bem... ok... passei no caixa e peguei correndo o envelope das fotos (sem abrir...claro!) e parti fumegando (como o trenzinho Thomas) para a consulta médica.

A entrada do prédio do consultório é daquele tipo que você pega um cartão para passar na catacra e na volta, tem que depositar o cartão dentro da catraca para liberar a saída. E claaaaro que a médica atrasou e, consequentemente (pra variar), tive que sair do consultório correndo como uma louca... e aí peguei o primeiro cartão que estava na bolsa e joguei na catacra... passou... fui...
Trânsito de lascar e eu cheguei atrasada no trabalho (e com trabalho até a tampa pra fazer... )

E foi aí que todo o drama começou:

Quando peguei meu crachá na bolsa, veio junto (imaginem!) o cartão de entrada do prédio do consultório. Ãh?! Como assim? Num segundo eu raciocinei: Peraí... mas eu saí... o que quer dizer que............. JOGUEI O CARTÃO ERRADO NA CATACRA! Putz.....
Liguei pra secretária da médica e ela correu atrás com a portaria e... foi o meu cartão do plano de saúde e estava lá na portaria esperando eu ir destrocar...  ok, saindo do trabalho passo lá e destroco rapidinho, pensei! Pelo menos não foi o cartão do banco ou um cartão de crédito.

E eis que fui tirar o óculos da bolsa pra começar a labuta e me deparei com o envelope das fotos... pensei em abrir pra ver como ficaram (talvez por um sussurro do meu anjo da guarda) e ..... CACETA! A MULHER REVELOU AS FOTOS DA PASTA ERRADA DO PENDRIVE! Poutz!  Respirei fundo... e pensei... tá... tudo bem! Saio uns 10 minutinhos antes e passo no supermercado pra revelar as fotos certas depois de destrocar os cartões.

E assim foi... só que obviamente não consegui sair 10 minutinhos antes, mas me satisfiz em sair pelo menos 5... Trânsito de lascar, passei correndo no consultório, destroquei os cartões e parei no supermercado. Enquanto selecionava a pasta CERTA para revelar... lembrei que não tinha comprado a vela. Lá no supermercado tem uma lojinha de artigos de festas infantis.. Paguei as fotos e fui na tal lojinha comprar a vela. Saí de novo fumegando para buscar Pissuca na escola (preciso dizer que já estava atrasada?), quando, no caminho senti falta de uma coisinha de nada: AS FOTOS. PQP... ESQUECI O ENVELOPE COM AS FOTOS (CERTAS) NA LOJA QUE COMPREI A VELA. POUTZ!!!

Não dava mais pra voltar... senão ia encontrar Pissuca pendurada num saquinho na porta da Escola... então respirei fundo novamente, contei até 10 e pensei: ok... ok... pego a Julia e volto direto no supermercado pra reaver o envelope na lojinha (com certeza eles guardaram, pensei-rezei!)
Chegando lá, se eu já não estivesse esgotada o suficiente, ainda tive que travar uma luta (desigual, eu diria) com Pissuca pra ela entrar na loja, tudo porque tinha um papai noel gigante dançando com os braços pra cima e pra baixo aquela músicaa irritante de natal... vencida a luta, peguei o envelope e fui pro carro... rumo à minha tão querida, calma e aconchegante casinha!

Mas calma... ainda não acabou! (sim... juro... realmente ainda não acabou.... acreditem!)

Chegando em casa arrumei a mochila de Pissuca para o dia seguinte, separei o que iria levar pro aniversário dela na escola e daí fui separar as folhas e fotos pra montar a Linha da Vida (quando ela fosse dormir)... e daí... foi quando... senti falta de mais uma coisa (siiim minha gente, ainda havia mais coisas a sentir falta, eu não havia esquecido de coisas suficientes para um dia só): PQP, MIL VEZES PQP, CADÊ O MALDITO PENDRIVE?! DEIXEI A P$%#@ DO PENDRIVE NO SUPERMERCADO. POOOOUUUUTZ !!!!!!!!!
Dá pra acreditar? E eu não podia simplesmente esquecer também que aquele pendrive existia e deixá-lo por lá mesmo? Infelizmente não... ele estava cheio de documentos de trabalho, informações de contratos de clientes, projetos e tudo o mais... tentei ligar mas é lógico que ninguém atendia o telefone na B%$#@&*% daquele supermercado... Respirei fundo de novo, não contei P%#*@ nenhuma e sim xinguei todos os palavrões que eu conheço e mais alguns que eu inventei na hora (bem baixinho pra Pissuca não ouvir...).
Foi então que vesti minha feição de mãe mais serena possível e disse "Pissuca, vamos passear com a mamãe de novo?" Juro que ela me olhou com aquela pergunta no olhar: "agora?", mas pegou a sandália dela (que já tinha descalçado) e me trouxe, tadinha, sem nenhuma animação.
Lá fui eu, não mais fumegando, mas sim bufando pro supermercado DE NOVO.
No caminho ainda ouvi de Pissuca "mamãe... tá de noite...tá na hora de mimi" e no meu íntimo desesperado, eu pensava... "Ai como eu queria..."


Enfim peguei o pendrive (pelo menos ele ainda estava lá), chegando em casa Julia foi direto dormir e aí eu fui montar a linha da vida dela... e sabe que todas as lembranças boas apagaram todo o stress do dia...

Alguém pode se perguntar: mas e o marido? Eu respondo: viajando! Lógico! Coisas desse tipo (e outras mais) só acontecem quando ele está fora!

Preciso, preciso, preciso de féeeerias....! Acho que estou surtando!!!!

22 de novembro de 2011

O fio de cabelo branco de nº76

Voltando à ativa no blog... com um post que estou há meses querendo escrever... mais um daqueles dilemas de mãe "písica" e que, acabada a festinha de 3 anos de Pissuca... surgiu com toda a força diante de meus olhos (e isso não é forma de expressão).
A questão da vez é:

Já há um tempo ando meio "incomodada" (humm.. talvez não seja essa a palavra... mas não achei outra) com a quantidade de brinquedos que Pissuca tem. Antes dela nascer (mais uma das convicções de mãe antes de ser mãe), eu dizia que ia controlar a risca esse negócio de ganhar muitos presentes (e o marido era - e ainda tenta ser - até mais rígido nesse ponto), mas com as avós surtadas (as duas) de Pissuca não deu pra controlar....

Daí chega fim de ano: começando em outubro com o dia das crianças; novembro com o aniversário dela e dezembro com o natal... e a coisa fica totalmente fora de controle (porque soma-se os presentes das avós, com os dos amigos, os nosso também e etc etc etc).
Resultado: mil brinquedos... um milhão de brinquedos... todos amontoados... e uma dúvida na cabeça da mãe (o fio de cabelo branco de nº76): " tá... tá bom... brincar é muito bom... bom demais... e criança é pra brincar mesmo. E brinquedos são excelentes para estimular o desenvolvimento (principalmente os atuais, que a criança com 3 anos já tá aprendendo a trocar as fraldas para quando tiver os filhos aos 33), mas o quanto isso pode ser prejudicial (se é que pode)? Ou ainda... qual é o limiar do exagero? Ou será que eu mesma não estou exagerando (é preciso mesmo responder essa pergunta?! hehehe "A Exagerada" por excelência!) ?"

Enfim... o fato é que não quero que ela cresça achando que pode ter tudo... nem que queira tudo o que vir incondicionalmente...
Já me preocupou quando logo que fez 2 anos ela começou a pedir "compra mamãe?!"... como assim? compra? aos 2 anos????
Também devo confessar que, como já citei lá em cima, eu realmente acho os brinquedos de hoje espetaculares no quesito estímulo... tipo olhar e pensar: "caracas.. queria que existisse isso na época que eu era criança, eu ia amar!".. e sinceramente não quero limitar minha filha de aproveitar isso, já que ela tem muita sorte de ter tantas pessoas queridas que gostam de presenteá-la sempre com presentes tão legais... E eu... vai... tenho que dizer que algumas vezes não resisto a tentação também!

Daí ... prestando atenção... vi que os estímulos vêm de todas as partes e é fato que esta é uma realidade sobre a qual eu não tenho controle e que ela terá que conviver por toda a vida dela, hoje com brinquedos, amanhã com roupas e  por aí vai-se (olhando pra mim mesma, até eu ando precisando de um certo controle)... então o que fazer para ensiná-la a manter-se equilibrada com relação a todos esses estímulos, considerando as suas possibilidades e a realidade da vida como um todo e não dela num mundo perfeito onde pode ter tudo o que pedir e até o que não pedir?

No ano passado adotei a opção de guardar alguns brinquedos que ganhou no aniversário para ir liberando aos poucos ao longo do ano. Mas aí,  veja só a contradição (que só percebi agora)... lá esteve ela ganhando presentes o ano todo ininterruptamente. E ainda houve casos em que quase perdi o tempo do brinquedo (tipo... se eu demorasse mais um pouco o brinquedo já seria muito bobo para ela brincar)... Ou seja, acho que não foi uma boa, considerando o dilema em questão.

Mas eis que, ao longo desse ano, cheguei a separar alguns brinquedos que ela já não brincava mais para doação (como já fazia com nossas roupas e com as roupinhas dela, principalmente nessa época do Natal) e agora, pensando mais detalhadamente no assunto, vejo que este pode ser um bom caminho para tratar esse dilema...

Quando fiz isso, ela era muito bebê e não entendia, então não a envolvi (simplesmente separei e doei).. mas acho que agora, já posso começar, aos poucos, a envolvê-la no processo. Dessa forma, penso que, conforme ela for amadurecendo, irá percebendo também o valor de todos esses presentes que ela ganha... não digo o valor monetário, mas o valor do significado dela ter o previlégio de ganhar tantos presentes enquanto existem crianças que não os tem. Acredito que, quem sabe, dessa forma,  ela entenda alguns aspectos importantes para ser uma pessoa mais centrada e do bem : que ela não pode ter tudo que quer; que ela deve dar valor ao que tem; que ela deve ser solidária doando aos mais necessitados.

Não tenho a ilusão que, logo de cara, ela entenda todas essas reflexões e que doe de bom grado seus brinquedos, principalmente os que ela brincou mais... mas confio que o hábito e conversas a respeito derivem, com o tempo, nesses conceitos valiosos e no valor desse gesto para as outras pessoas. E como, definitivamente, eu não controlo os brinquedos dela... deixo ela livre para brincar.. não fico preocupada se vai estragar, se vai sujar.... deixo ela aproveitá-los até a última peça (a sorte é que ela é até bem cuidadosa), tenho a esperança que a doação pode não ser tão doída pra ela já que ela pôde aproveitá-los bem!

Mas também não pretendo forçar a barra assim logo de início não. Tenho tocado nesse assunto algumas vezes com ela e, quando for separar os brinquedos, (para doação agora no Natal) vou chamá-la para participar ajudando a escolher e a separar e explicando o porquê estamos fazendo aquilo... mas de uma forma bem leve... sem pressão pois não quero que esse seja um momento sofrido e doloroso pra ela... quero que ela, com o tempo, faça isso com prazer e entendendo os motivos e a importância do que está fazendo. 
Então... vamos ver como ela vai reagir nesse primeiro momento e aí vou ver como vou conduzir ... se eu ver que está sendo muito problemático, acho que não vou insistir por hora... ela só tem 3 aninhos... talvez não seja o momento... mas daí saberei como agir da próxima vez e da próxima e da próxima... tenho ciência que deverá ser um aprendizado evolutivo para ela... mas acredito que talvez seja a hora de começar de alguma forma...

E de quebra... vá lá... vou dar uma faxinada na casa pois tá demais esse negócio de sentar em brinquedo, tropeçar em outro...
 
Volto pra contar como foi a experiência. 
 
 
 
 
 

8 de novembro de 2011

.... exausta!




Vim rapidinho pra me desculpar pelo abandono do blog e justificar blá blá blá... pára!... minto!... vim  dar uma desabafada básica mesmo!

Não é novidade pra ninguém que meu fim de ano é sempre louco demais... mil compromissos, mil afazeres (minha lista de "to do's" - que já é considerável -  simplesmente triplica nessa época), sem contar o período do meu inferno astral que não se atrasa, ao contrário, se antecipa todo fim de ano começando a se manifestar uns 3 meses antes.

Resumindo: aniversário de Pissuca (que eu planejo, decoro e executo), eventos de fim de ano (com todas as tradições já comentadas aqui, incluindo montagem de árvore de natal e programação de viagem para passar o Natal com a família e também os eventos profissionais típicos de finais de ano), inferno astral....
Resultado: cansaço... exaustão... limite da condição física e mental e tempo algum para postar (mas prometo que ano que vem já vou deixar vários posts agendados no blogger para evitar esse vergonhoso desaparecimento).

Nesse momento estou na boca do aniversário de Pissuca e 100% dedicada, então... por hora, só o que tá dando é pra vir aqui despejar minhas lamentações de cansaço em vocês e prometer não mais fazer isso.

Daqui a alguns dias, prometo fazer um post beeem detalhadinho (cheio de fotinhas), do "making of" do aniversário de Pissuca... para as mamães que gostam de pôr a mão na massa e fazer do seu próprio jeito, ok? Agora foi o que deu, já que consegui esse fiozinho de ânimo pra vir aqui dar as caras, por conta de um fim de semana simplesmente maravilhoso.

Mas enfim... a quem me lê peço desculpas novamente pelo sumiço e reafirmo: tô viva (ou mais ou menos) e o blog não está finado... ok?!
Volto já já...


15 de setembro de 2011

What's in ... my ScrapCanto

Esse post é para os que gostam de Scrap. Aliás... de tão longo, só quem gosta mesmo é que vai ter saco para ver fotos de materiais de scrap e dicas do tipo como-guardar e etc....

Enfim... já que escrevi sobre o por quê amo scrapbooking, resolvi fazer um post sobre o meu refúgio, o meu canto...

Além do quê... algumas amigas que sabem sobre o meu scrap, sempre me cobravam fotos ... mas o scrapcanto estava sempre bagunçado com tudo espalhado pela mesa e não dava pra fazer feio aqui né?

Daí que há pouco tempo tive um período de 5S na vida (sim isso mesmo, NA VIDA) e, pra fazer a parte emocional do 5S, o scrap era fundamental, então tive que organizar o meu canto do scrap e, claro que logo fotografei pois sabia que no primeiro projeto tudo viraria aquela conhecida bagunça de novo, #fato, e só por isso está sendo possível compartilhá-lo com vocês.


Mas para não colocar as fotos simplesmente por colocar, aderi a nova onda  "what's in..." da net e vou aproveitar para mostrar também alguns dos bizus que funcionam comigo e daí, quem sabe, alguém acha viável aproveitar algumas das dicas.

Confesso que, de quebra, esse post acabou servindo para mim como um certo inventário do meu material...#adoro!

Bem... acabou que ficou uma mistura de Extreme Makeover & What's in...

Então... comecemos pelo tradicional  "antes e depois"


Ainda tenho algumas idéias tipo um quadrinho de scrap escrito MEU SCRAPCANTO...
e depois que tirei essas fotos também comprei um poster legal para colocar ... depois tiro foto e coloco pra verem.

Foi ou não foi uma Extreme Makeover?!?!?!

Agora... a idéia é descrever tudo com algumas diquinhas que funcionaram comigo... então... segue a parte do...

What's in ... my ScrapCanto:

Procuro refletir no meu Scrapcanto tudo que eu amo... que me inspira... que me retrate....além, claro, de guardar os meus materiais da forma mais organizada e acessível possível (pelo menos eu tento), para facilitar o meu processo criativo, já que tempo mesmo eu tenho bem pouco (infelizmente... se eu pudesse passava dias sentadinha no meu cantinho só recortando e colando).
Agora que consegui organizar tudinho... a idéia é manter....

Começemos pela Área de Trabalho:

Área de Trabalho
O bizu da área de trabalho é a Pasta do Projeto Atual. 
Quando vou começar um projeto eu busco em todo o meu material tudo que tenha haver com as fotos que vou usar (tudo começa pela foto)... Então, coloco o que escolhi dentro dessa pasta para ir usando conforme vou fazendo o trabalho.
Isso porque eu nunca termino um projeto numa só "sentada".... rs.

Prateleira



Material Básico
O destaque, é claro, é minha maleta de joaninha (minha outra paixão, aliás, não sei se amo bolinhas porque amo joaninhas, ou se amo joaninhas porque amo bolinhas...) com tesouras de todo tipo pois quem faz scrap sabe que a gente vira expert em tesouras... é uma tesoura pra papel de scrap, outra para tecido e fitas, outra para adesivos, outra para papéis normais, sem contar as decorativas... enfim...

Além disso, na prateleira tem 2 itens que #amomuito: meu conjuntinho de bolinhas (não sei se já falei pra vocês o quanto eu amo bolinhas... ) com tesoura, grampeador, tira grampo e calculadora; e minha vaquinha que é um mini-aspiradorzinho para as migalhas de papel que sempre ficam na mesa.



Mesa Lateral

















Na parte lateral da mesa fica minha caixa de fotos, minha maletinha onde guardo as memorabílias e minhas amadas revistas de scrap. Leio 3: Creating Keepsakes; Scrapbooks Etc e, das nacionais, eu gosto muito do Guia do Scrapbooking & Cia. São minhas referências e é como fico atualizada com novas técnicas e ferramentas (a #queseacha profissional né?)
Além disso, o espacinho que sobra ainda me serve de apoio durante o trabalho  para colocar furadores, carimbos e carimbeiras ou outras ferramentas que estiver usando no momento.

Embaixo da Mesa
E Scrapcanto que é canto mesmo não pode abrir mão do espaço embaixo da mesa... hehehe... e o meu é bastante aproveitado, eu diria... 


Agora vamos para o Gaveteiro onde organizo (ou tento organizar) os materiais.




Nem dá pra acreditar que cabe tudo nesse espaçinho aí né? Pois cabe... meio amontoado, confesso, mas da forma mais organizada que eu consigo manter... principalmente considerando o pouquíssimo espaço que disponho.
Para tanto, caixas organizadoras são o que há em termos de organização (isso vocês, claro, já devem ter reparado. Ai de mim sem elas)

Vou mostrá-las e vocês verão a mão na roda que são. 

Essas com divisórias me servem muito bem para guardar todos os enfeitinhos que a gente adora.

Embellishs
Para os enfeites maiores, eu uso as sem divisórias mesmo. E tenho uma que eu guardo especificamente coisas relacionadas a fotos (principalmente cantoneiras) e fechos. Uso muito esses fechos em envelopinhos que coloco nas páginas para guardar textos mais íntimos e que não devem (ou não deveriam) ser lidos por qualquer um que estivesse folheado o álbum.

Mais Embellishs 

Acho que todo mundo que faz Scrap tem uma ferramenta com a qual gosta mais de trabalhar, que usa em toda página que faz.. Então.. no meu caso... são os Carimbos (#adoro). Claro que não dá pra usar em todas as páginas (até porque meu acervo é bem modesto), mas se tenho oportunidade de usar... não deixo passar.


Tenho uma caixa para os carimbos e outra para as carimbeiras e, para facilitar na hora de achar um carimbo que combine com o meu projeto, criei um esquema de catalogá-las em um fichário (adaptei uma idéia que vi na net onde algumas scrappers guardavam os próprios carimbos clear em fichários). Funciona assim: sempre que compro um carimbo, primeira coisa eu carimbo numa folha em branco e coloco no fichário. Daí quando começo um projeto, vou lá no fichário e vejo se tem algum carimbo que me atende e só então vou caçá-lo na caixa. Melhor do que sempre entornar todos os carimbos e depois ver que não tem nenhum que sirva.

Fichário aberto

Categorizei os fichários por tipo de carimbo: os de madeira, os de acrílico e os clear. Mais uma facilidade na hora de encontrar o que eu escolhi dentro da caixa. 

Categorização por tipos de carimbo

Gosto também de usar fitas nos projetos principalmente para fazer bordas e molduras (e agora, no Natal e em aniversários,  nenhuma fita de presente me escapa). Guardo as comuns nessa caixa, mas as que são mais elaboradas como: rendas, sianinhas, fitas temáticas etc, guardo na caixa de joaninhas (já falei o quanto gosto de joaninhas? ou será de bolinhas?) lá na prateleira (já vista acima).


 
Costura também é uma técnica que muitas usam... Confesso que usei muito poucas vezes e só mesmo com a ajuda dos gabaritos.



Tintas eu ainda estou me aventurando também.... mas gostei. Já usei mais os relevos e alguma coisa em tinta spray e stencils... vou tentar me dedicar mais a essa técnica. 
Aqui uma dica legal para quando for trabalhar com tinta spray é usar aquelas caixas de papelão onde vêm as folhas de scrap (principalmente quando a gente compra pela internet) para evitar espirrar tinta pela parede toda. Funciona assim: você coloca a folha a ser pintada dentro da caixa e usa a tampa da caixa aberta como proteção para o spray não espirrar tinta na parede em frente.  Vi isso numa feira de scrap e achei genial. 
Já a tinta que espirra na sua direção é bem pouca e cá entre nós... quem é que trabalha com tinta sem um aventalzinho? 
Daí resolve-se a sujeira e também aquela preguicinha que ás vezes dá de usar tinta só pensando na sujeirada depois... rs... 



E como a alma do Scrap são os registros que escrevemos,  as canetas não podem faltar. Eu, particularmente, gosto de escrever a mão mesmo, principalmente quando são textos com minhas próprias palavras (a maioria). Acho que fica mais pessoal, embora algumas vezes tenha impresso alguns versos em transparências que fica bom também..
A escolha da caneta é importante também pois, se você não quer que a tinta borre, fique clara ou desapareça com o tempo (já que a intenção é que essas tão ricas memórias perpetuem por vários e vários anos) tem um lance de usar canetas com tintas acid-free. Pesquisando na net, vi indicações da Stabilo e  é essa que uso e em vááaarias cores... rs. 
Tenho também um outro estojinho que guardo coisitas para fazer scrap to-go (tipo em feiras) com: caneta, cola de scrap, minha tesoura "da abelhinha",  estilete, uma pinça, um agulhão, fita banana e fita dupla-face (o básico do básico). 
 

estojos
 
No gaveteiro tem uma gavetinha aramada que é onde coloco meu material de apoio.

materiais de apoio

Viu só... cabe tudiiiinho com a ajuda das santas caixas organizadoras... Mas ainda tem as gavetas...



Na primeira gaveta eu guardo os chipboards e pastas com adesivos, bordas, alfabetos etc... 
Com exceção dos alfabetos (essenciais para os títulos), devo dizer que adesivos e essas bordas adesivas eu quase não uso... Difícil encaixar nos projetos. Mas quando comecei a me apaixonar por essa arte, todo adesivo de scrap que eu via eu achava lindo de morrer e queria todos para mim... resultado: um monte de adesivos que eu não consigo usar. 
Para aumentar as chances de usá-los, criei um esquema de guardá-los por temas em pastas tipo envelope (alguns temas são até LO que eu sei que vou fazer), assim, quem sabe não dá para encaixar alguma coisa? Pego todos os envelopes e guardo numa pasta ziper super prática.

Alfabetos, bordas e adesivos com palavras, eu guardo numa pasta com divisórias. Os adesivos que eu consigo encaixar num tema, vão para os envelopes específicos e tem uma outra pasta onde guardo papéizinhos legais (normalmente catados de etiquetas de roupas ou algo do tipo) que são bons para usar como tapetinhos de fotos.

As pastas

Pasta com divisória

Pasta zíper com as pastas-envelope dentro

Na segunda gaveta estão meus furadores e outras ferramentas como: colocador de ilhoses, cortador circular, rotulador (o Dimo - muito útil para fazer os títulos, já que alfabetos são sempre muito caros), etc.
No início eu não gostava de furadores, mas depois que comecei a decorar as festas de aniversário de Pissuca, esses furadores (e fitas) se tornaram itens curinga.
Ficava tudo jogado na gaveta, mas aí resolvi pelo menos colocar numa cestinha os furadores menores, assim ficava mais fácil de achar. Aliás, já penso num esquema parecido com o que faço para os carimbos, para fazer com os furadores também... 



 
Todo Scrapcanto que se preze tem que ter o lado inspiração destacado. E eu, como já disse, gostaria que o meu refletisse o que gosto e o que me inspira. 

Daí, os Nichos... mas que não escaparam de guardar alguns materiais mais especiais também.


 


Quem faz Scrap sabe que tudo é sempre muito caro... então... em tempos de sustentabilidade... tudo que posso aproveitar eu guardo como tesouros e acabam sendo os diferenciais de muitos projetos. 
E quem tem bebês em casa, têm uma mina de tesouro nas mãos ... por isso... sim... eu tiro etiquetinhas fofas de roupas de Pissuca e guardo adereços de cabelo que se quebram. 



As maletas da Brenda Walton tem recortes, alfabetos e coisinhas mimosas, sem contar que as maletas em si são um charme (tá bom... confesso que só comprei pelas maletas) #amo.

Nesse nicho tem um cantinho muito especial para mim, meu cantinho espiritual, com meu altarzinho reunindo os santos que protegem a mim e aos que amo.

 



O outro nicho é mais pro meu lado mãe (inspiração principal de tudo que faço)





As caixinhas de som pro meu Ipod eu #amomuito



O cantinho inspiração Pissuca ... ali atrás, acreditem, é o primeiro trabalhinho de colagem dela (seu primeiro trabalhinho de scrap? ôh #maequeforça)... hoje já está emoldurado mas continua aí atrás da bonequinha que é a cara dela!!! rs...


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Então é isso... ufa heim?!

Como agora Scrapbooking não é mais "persona non grata" neste blog maternístico (como já justifiquei em post anterior...), sempre que tiver alguma evolução do scrapcanto ou outras diquinhas de scrap, compartilho por aqui...




6 de setembro de 2011

Scrapbooking. Off-topic????

Não sei o quanto o Scrapbooking é conhecido por aqui... eu mesma só o descobri depois que Pissuca nasceu por isso acho que vale a pena falar dele por aqui e parar de considerá-lo off-topic (embora já tenha tocado sim no assunto em algumas ocasiões por aqui).

Vou tentar tirá-lo da categoria nada-haver-pra-um-blog-sobre-maternidade explicando o porquê comecei a fazer scrap.
Descobri por acaso em minhas naveganças pela net e logo o percebi como um hobby que poderia me desestressar dessa vida inicial de mãe atolada e com os hormônios borbulhantes. Algo que me fizesse parar o tempo e os pensamentos.
Mas não demorou nada para eu perceber que era muito mais... muito mais que apenas um hobby...
A definição de Scrapbooking é:  a arte de criar álbums de memória com o uso de fotos, papéis decorativos, etiquetas, entre outros itens. (Glossario de Termos Usados em Scrapbooking)

Então... taí A PALAVRA. Memórias! Qual mãe não quer eternizar cada momentinho, cada palavrinha bonitinha, cada carinha dos filhos? Pois é...
Eu não sou diferente. E como costumo dizer: "quando nasce um filho... nasce também uma mãe... fotógrafa!", daí pra cair no Scrap, amigas, é um pulo.

Se você tem filhos e tira trocentas fotos por minuto de todos as situações e até mesmo em situação nenhuma... então... você é uma seríssima candidata a se apaixonar pelo Scrap. Se você sempre gostou de agendas... de registrar todos os momentos e ainda colar os papéis de bombons para guardar de recordação... então... você já é scrapper, só não sabe ainda.

O bom do Scrap é que você pode fazer um álbum cheio de memórias... não somente fotos... mas memórias... o segredo de uma página de scrap e que a torna eterna é o que você escreve sobre aquele momento (por isso a importância do journalling); e a possibilidade de você "decorar" a página da foto de diversas formas também enraíza ali as emoções daquele momento.

Eu, particularmente, gosto de fazer páginas das situações mais comuns... aquelas do dia a dia, aqueles momentos que gostaríamos de congelar e que, normalmente não é um daqueles momentos que se diz (ou que dê tempo para dizer): "vamos tirar uma foto".
Tento colocar nessas memórias tudo de maravilhoso que Pissuca trouxe para minha vida (meu raio de luz, a luz da minha vida).

É por isso que faço Scrap.. para eternizar as mais belas memórias... e não somente pra mim... mas também para os filhos, para os netos... quem sabe bisnetos e tataranetos?
Tem até uma frase sobre Scrapbooking que diz assim: "Felizes são os filhos das Scrappers por que eles herdarão os Scrapbooks"
Ah... e de quebra... se você, como eu, também ama fazer festas em casa, tipo as de antigamente.... posso dizer que o scrapbooking também pode ser uma excelente opção... rs..

Enfim... 
... se você tem filhos e adora registrar seus momentos indo muito além das fotos;
... se você gosta de artesanato e quer achar um hobby para desopilar dessa vida estressante de mãe/profissional/esposa/filha;
... se você quer alguns momentos para esquecer do mundo...
Se joga no Scrap. Eu recomendo!




Para quem quer saber um pouco mais sobre o assunto... existem diversos blogs de scrappers na net, mas para não ser injusta em divulgar aqui os que mais gosto esquecendo de outros tantos tão bons quanto... estou divulgando esse aqui, que fala tudo sobre scrapbooking e onde participam as melhores scrappers de que tenho notícia. 

http://www.scrapbookbrasil.com/


E a partir de agora... devidamente justificado ... o mundo do scrap está formalmente incluído como tema desse meu modesto blog maternístico sob a tag "SCRAPando".

1 de setembro de 2011

Livro que super recomendo!

Estreando mais uma tag de utilidade materno-social (Biblioteca de Mãe). Vou tentar sempre colocar aqui algumas resenhas de livros que leio e que me ajudam a entender melhor essa tal de maternidade.
Começo de agora tá... o que já li não vai rolar... depois faço um post apenas com a indicação de alguns já lidos, mas sem resenha.

Sim.. o post é longo.
Mas não.. não é a transcrição do livro...
Estão aqui apenas as situações (com links para algumas) que se aproximaram mais das minhas experiências e dúvidas (... e experiências e dúvidas são que nem orelhas né? Cada um tem as suas), mas tem diversos outros assuntos que, com certeza, valem a pena conhecer. Então... recomendo fortemente....

Em azul ... trechos do livro
Em negrito... frases para registrar
E em preto ... minhas observações pessoais-particulares.



Então... o livro trata principalmente da faixa etária entre 1 ano a 2/3 anos mais ou menos (referidas como criancinhas ou crianças pequenas).
“Os anos terríveis”...


As crianças pequenas são construídas conforme um projeto que é perfeito em cada detalhe, exceto por um pequeno defeito: elas possuem atividade de um aeroporto internacional, porém a torre de controle não funciona.


Não permita que os outros façam você se sentir cheia de culpa: acredite em mim, até a criança de 2 anos mais egoísta e mais agressiva vai se transformar num adulto educado e encantador


(Durante os 1ºs quatro anos de vida) o objetivo é livrá-las de problemas, saber usufruir da magia que elas trazem com novas experiências, e introduzir atitudes adultas quando seu cérebro de criança estiver pronto.


“os anos terríveis” .... ao terrível período que vai de 1 ano e meio a 2 anos e meio de idade” período que alia um mínimo de juízo com o máximo de mobilidade. (É exatamente aí onde me encontro... ic!)

Sobre "Confiança":

(Considera-se normal dentre as crianças de 2 anos de idade) que 95% sejam teimosas e que 100% sejam ativas e não parem quietas (100% minha gente, 100%... ufa!)

Livros cheios de idéias absurdas e sem nenhuma praticidade, que estabelecem padrões inatingíveis, só fazem criar medos e sentimentos de inadequação nos pais.

Devemos ter a confiança de agir por nós mesmos e não permitir uma espécie de lavagem cerebral por aqueles que agem diferentes de nós.

Alguns profissionais conseguem fazer com que os pais se sintam inteiramente inadequados. (Verdade viu?! Experiência própria!)


Crianças que dormem nos braços da mãe terão dificuldade de continuar dormindo se acordarem no meio da noite sozinhas na cama. MENTIRA. 
Se você gosta de acariciar seu bebê até ele dormir, e se seu bebê gosta de ser acariciado até dormir, então esta é uma pequena porção da magia a que vocês dois têm direito. Cara... tudo tudo TUDOOOO que eu precisava ouvir (e essa parte em negrito, especificamente, não fui eu que coloquei não... estava em negrito mesmo no livro)



Sobre "Comportamento":
Frustração: como pais, devemos aceitar o fato de que uma certa quantidade de birra e de choro é devida à frustração e, não apenas a um mau comportamento. A criança está tentando lidar com as limitações e nesse momento, é de carinho e encorajamento que precisa, em vez de punição.

Quando houver mudanças e alterações (como visitas em casa, p. ex), espere um pouco de mau comportamento, porém procure trabalhar a causa da tensão em vez de tentar combatê-lo com disciplina punitiva.

Muitas criancinhas
  • tem medos: cachorro, barulhos estridentes, situações novas, objetos estranhos e gente podem causar aflição e angústia em metade das cirianças dessa idade
  • apresentam uma enorme quantidade de hábitos irritantes (isto sem dúvida não é um problema somente das crianças)
  • têm um comportamento flutuante dia a dia e semana a semana. Os adultos também têm dias bons e maus e , no entanto, não botamos a culpa disto no nascimento dos dentes.

Sobre "Disciplina":

Os pais devem ter expectativas sensatas sobre as crianças pequenas. Nenhuma criança de 2 anos de idade vai pensar ou se comportar como um adulto.



Tornando a vida mais fácil:


  • tente manter a calma
  • não discuta, aceite o inevitável e, uma vez terminado o incidente, esqueça
  • ambos os pais devem manter uma disciplina consistentes
  • dê a seu filhinho estrutura, rotina e limites claros
  • tenha expectativas realísticas quanto ao comportamento dele e evite aquelas artimanhas que desencadeiam maus comportamentos
  • evite batalhas que não podem ser vencidas
  • quando tudo isso falhar, saia de casa.

Sobre "As Artimanhas":

Conheça as armadilhas: há certas coisas que são garantia para deixá-lo elétrico como por exemplo, ir ao supermercado. Portanto, se você conhece as situações que desencadeiam maus comportamentos nele, evite-as, enquanto ele é pequeno. (O exemplo do supermercado foi do livro mesmo viu? E lá na frente tem até um item específico sobre isso... Confesso que fico feliz, embora tenha sido muito criticada por isso, ao ler que tenho tomado a atitude principalmente quanto a  esse item... rs....)
Ignore o que não é importante: o que interessa é concentrar-se nos 20% que realmente importam e ignorar os 80% que são irrelevantes (Princípio do Pareto para crianças... kkkk.... ótimo!). Quando você estiver optando por ignorar determinados comportamentos que não lhe agradam, deve fazê-los de modo firme mas calmo, cortando toda espécie de atenção e não se importando com o que estiver acontecendo.

Encoraje o que é bom e desencoraje o que é mau: qualquer comportamento reforçado por recompensas tenderá a ser repetir, e qualquer comportamento que não for notado, encorajado e reforçado provavelmente desaparecerá.

Bom comportamento deve ser recompensado imediatamente. Lembrando que recompensa nem sempre é material... carinhos, elogios e reforços positivos são muito bem vindos e sempre funcionaram muito bem com minha Pissuca, muitas vezes até mais do que um presente. Da mesma forma o reforço negativo também funciona... quer ver Pissuca realmente tocada, é dizer a ela que estamos "muito tristes" com algo que ela tenha feito. Muitas vezes chega a chorar falando: "não mamãe, desculpa, fica feliz!" (corta sim o coração... mas é um mal necessário)


Recompensa: bônus imediato e não anunciado, depois que um bom comportamento aparece.

Suborno: espécie de chantagem em que se diz a uma criança que ela só poderá ter algo depois que cumpri determinada tarefa.

Se um pouco do velho suborno atinge o efeito desejado, use-o.

Eu sempre tomei muuuuito cuidado com essa diferença. Sempre tive medo de transformá-la numa mercenariazinha... #alívio ao saber que não era mais uma paranóia de mãe.


Sobre chiqueirinho.... adorei essa: alguns pais, porém, dizem que o chiqueirinho era para seu próprio uso: eles colocam uma cadeira confortável lá dentro, sentam-se e lêem um bom livro, enquanto a criança corre pela casa.



Sobre "Acessos de Raiva":

Se uma criança fica frustrada por causa da própria inabilidade, ela logo usa o acesso de raiva. Se isso acontecer, não é de castigo que ela precisa, mas de uma mão amiga e de conforto .

Sobre atuação especial no Supermercado:

Não importa o que você faça, metade das pessoas que observam vai achar que você está agindo errado.

Se as compras e seu filhinho não se dão bem, use as avós, um vizinho ou uma ajuda ocasional para que você faça compras livre de acessos de raiva.
Origada por dizer isso! (Perceberam que rola um certo trauma desse negócio de ir ao supermercado para a mãe aqui né?)

Sobre uso do banheiro:

Não tenha pressa, não brigue, relaxe. Sobre esse item específico relato aqui, aqui, aqui e rapidamente aqui, sobre minha experiência até então.
Uma criança deve ser capaz de manter as fraldas secas a noite, antes que se espere que a cama fique seca.


Sobre "Dormir só":

O Método de Choro Controlado consiste em deixar a criança chorar por um pequeno período de tempo, em seguida dar um pouco de atenção mas não muito, deixando-a chorar um pouco mais a cada vez, sempre oferecendo atenção incompleta, gradualmente deixando que o tempo de choro aumente. Assim a criança vai começar a pensar: eu sei que ela me ama, sei que ela vem sempre me atender, mas não vale a pena tanto esforço. Confesso que esse negócio de deixar chorando, seja pelo tempo que for, não me agrada não... Falei sobre isso aqui e estou cá tentando um método particular que talvez dê certo... se der... conto depois.


Sobre "Não querer ir dormir":

.... um período de desligamento antes de dormir. Dê um banho, converse, acaricie e leia uma história tranquila. Todo livro, artigo e etc recomenda o tal do banho antes de dormir. Tenho que dizer que comigo não funcionou (anti-bizu total!). Ao invés dela relaxar, ela despertava... sempre foi assim... parecia que eu tinha dado carga na tomada. O que sempre funcionou bem foi a parte do acariciar... era o momento "vamos desacelerar" que aí ela sabe que precisa acalmar... fica um pouquinho no meu colo e daí pra cama... um pulo.

Sobre "Alimentação":

Nunca permita que a hora da refeição se transforme numa batalha. Para desespero de avós e cia... comigo é assim: não quer, não come! Simples assim.... Nunca forcei e não tive até agora nenhum problema com isso.
Dentro do razoável, experimente dar a elas o que querem, onde querem e quando estiverem com fome. Vão ter de adquirir os hábitos dos adultos mais cedo ou mais tarde mas no começo é importante que elas aprendam a gostar do processo de alimentação.


Sobre "Mal comportamentos":

AS mordidas: se a mordida acontecer, ignore o mordedor e dê os melhores brinquedos e toda a atenão para a parte atacada. Poutz... Se eu tivesse lido isso antes... Eu só tentava não dar muito crédido ao ocorrido... tipo evitar a platéia, sabe como é? Mas essa técnica aqui ainda ajudaria a ficar bem com o mordido  em questão  (mais especificamente com a mãe do pequeno agredido) o que teria me livrado de alguns constrangimentos sociais..  Essa época das mordidas já passou, mas acho que vou utilizar essa técnica para os casos do "é meu" que é o que tá pegando ultimamente. 
Não se desespere: lembre-se de que esse é um hábito dos primeiros 2 anos e meio, e pode ter certeza de que ele não vai sair por aí mordendo os outros quando for adulto. 2 anos e meio? Tá certo que Pissuca não era de morder muito... mas antes dos 2 anos ela já tinha perdido esse hábito. Acho que rolou uma certa margem de segurança aqui...


Com crianças pequenas basta distraí-las e manter suas mãozinhas e mentes bem ocupadas.

Se distração não funcionar, melhor ignorar
Quando não for mais possível ignorar a irritação, é hora de utilizar a técnica de mudar de ambiente. Ah... isso eu fiz muito e ainda faço... Tiro ela do palco... assim fica mais fácil prestar atenção no que estou dizendo e evito os os olhares reprovadores contra essa mãe-má-que-dá-bronca.


Mesmo a criança mais doce pode desenvolver hábitos desagradáveis. A maioria dos problemas é inocente e vai passar com a maturidade. Enquanto você espera que isso aconteça:  Concentre-se na luz no fim do túnel e caminhe calmamente naquela direção.
Éh.... Mesmo que o túnel lhe pareça com a extensão de uns 20 anos de distância... 
Esse lance de educação é um troço que me tira o sono (algumas angústias descritas aqui... e alguns bizus (meio desatualizados, mas prometo atualizar quando der) aqui ...)

Chupetas: Muitos pais decididos a não permitir o uso desses objetos calmantes ("Táqui" Euzinha) acabam recuando quando confrontados com uma criança que se mostra extremamente irritada e difícil.
Se a chupeta pode ajudar nesses casos, então, ótimo! Sim... Ajuda sim... e muito!

Elas não causam nenhum mal. 

Na hora certa, preferencialmente antes dos 2 anos e meio, tire as chupetas . É.. preciso começar a pensar nisso urgente.

Depois dos 3 anos e meio, a criança pode ser convencida com mais facilidade a largar a chupeta. As vezes após muita barganha. Ah tá.... Nada que um carro 0Km não compre!


Não se engane: você nunca poderá esconder dos filhos a tensão e a infelicidade do ambiente.


Para nós, especialistas, está muito claro que não é o número de horas passadas em casa que faz a diferença, mas:

  • (...dentre outras também importantes)

  • o bem-estar emocional da mãe;
    Sim amigas .... eu, pelo menos, demorei para entender isso.

Avó e avô fazem parte das riquezas naturais que são consideradas as mais valiosas e as menos utilizadas para cuidar de crianças. Tá bom... concordo absolutamente com a parte das riquezas naturais... mas... permita-me advertir: usar com parcimônia (pelo menos no meu caso).

Pais que trabalham fora (Euzinha aqui de novo) e casa bonita não são uma combinação compatível. Limpeza, higiene e relativa exigencia são desejáveis, mas não devem se transformar em obsessão. É dificil comunicar com uma criança enquanto o aspirador de pó funciona, assim como e impossível uma boa brincadeira divertida pela casa, quando os pais são fanáticos por arrumação, e não permitem que se tire nem uma almofada do lugar. Agora aqui podem me excluir da conversa. Não não não.. prefiro muito mais uma bagunça divertida do que uma organização entediosa.

Espera-se que a mãe que trabalha fora tenha dois empregos de tempo integral, embora receba pagamento ou agradecimentos por apenas um deles.
Essa frase aqui talvez merecesse, além do negrito, um CAPSLOCK.

Uma dica legal: os comprimidos descem pela garganta com maior facilidade quando colocados num pouquinho de sorvete. Pissuca não dá trabalho para tomar remédio de jeito nenhum... graças a Deus... mas ainda não precisei dar comprimidos, quando a hora chegar ... já sei como minimizar os traumas... rs.

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É isso! Até a próxima resenha... No momento estou lendo: "Claro que eu te amo, mas vá para o seu quarto"... aguardem (mas pode demorar!) rs...


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