26 de janeiro de 2011

Na casa da vovó pode tudo!

- Júlia, não pode subir as escadas sozinha!

- Então vô embola. Tchau mamãe, bejo.
(e dá tchauzinho e manda beijinho e vai indo... )

- Vai embora pra onde, menina?

- Pra casa da vovó.

(ic! ic!)

Considerando que a rebelde em questão tem apenas 2 anos, a pessoa pensa: "Oh my! Imagina quando estiver na adolescência!"

17 de janeiro de 2011

Que negócio é esse de umbigo?

E para os que ficaram curiosos no post anterior quando falei dos umbigos...


Vamos lá buscar alguma fundamentação científica? Bem... sobre guardar os umbigos juntos... enfim... não achei nada não.... mas para a carrapatice... quem sabe? A psicologia cita o cordão umbilical como um dos elos mais fortes entre mãe e filho.

Em um artigo publicado no Instituto de Psicologia da USP (Psicologia também é uma área de meu interesse, embora nunca tenha podido me dedicar ao tema), o artigo “Geração, cuidado e amor: uma compreensão de Sonata de Outono” descreve, por meio da análise de uma relação de mãe e filha do filme, como se dá essa ligação:

Tanto do ponto de vista biológico, quanto do psicológico, o cordão umbilical marca uma relação de dependência.
Durante as 38 semanas de gestação, é essa ligação entre mãe e filho que garante a sobrevivência e o desenvolvimento do filho. Poucos dias depois do nascimento do bebê, o cordão murcha, seca e cai, mas, em termos afetivos, ele pode nunca deixar de existir. Isso significa que o sentido da ligação afetiva que o cordão umbilical expressa é constantemente atualizado no decorrer da vida, na forma de dependência ou independência. “


Huuum... emblemático, não?!

E segue texto registrado (fazia tempo que eu não postava nada antigo... rs) quando Pissuca recebeu mais esse apelido: carrapatinha-de-mamãe.

*** Texto registrado em 17/10/09 - Pissuca com 11 meses *** 
Júlia carrapatinha de mamãe... essa semana ela tá um grude só... um carinho só... Fui ver na tabela e... truco!...  Tá no pico de desenvolvimento

Vovó que apelidou: Julia carrapatinha de mamãe.

E sim.. é um grude só mesmo... tá certo que ela tá no pico de desenvolvimento, o que a deixa mesmo mais dengosa e apegada, ia até colocar no título “fase carrapatinha de mamãe”, mas não é uma fase não... o fato é que ela é seeempre assim mesmo (nos picos de desenvolvimento aí fica muuuuito mais – se é que isso é possível).

Sempre agarrada comigo... igual uma carrapatinha. Carrapatinha de mamãe.

Minha mãe veio com uma história de que é porque a gente guardou nossos umbigos juntos... RS... que isso reforça o elo, a ligação. Bem.. não sou lá muito crente nessas superstições, mas o fato é que tenho feito toooooodas que me falam desde que a Julia nasceu. RS... Se não prejudica ninguém, que mal tem né?

E se é por isso ou não, também não sei, o que sei é que, embora muitas vezes eu me sinta cansada por ser tão solicitada (ás vezes até sufocada) por esse agarramento todo, a verdade é que isso me envaidece muito. Me deixa muito feliz ver o quanto ela é carinhosa comigo, o quanto se sente segura nos meus braços.

E eu sei que é isso mesmo (e é assim que deve ser mesmo). Tudo bem que muitas vezes a paciência falta, o cansaço pesa e a gente quer sim se distanciar um pouco (filha, perdoa mamãe por isso), mas tenho consciência de que nós, mães, temos que estar preparadas para seguir sendo sempre solicitadas, nos preparar para estar a postos em todas as ocasiões, nos momentos bons (nas alegrias e brincadeiras) e nos não tão bons (fome, cede, sono, dor). E conforme o tempo for passando sei que lá estaremos nós a postos em todos os marcos da vida dos filhos. É a função básica de ser mãe, não é mesmo, estar ali bem ao alcance das mãos? Antes do primeiro dia de aula e depois (pontualmente) na hora da saída (que foi tão precoce, minha bichinha já tá na escolinha desde os 8 meses e minha maior preocupação era – e é – que ela esteja certa e segura de que eu estarei com ela mesmo estando longe e que ao final do dia eu estarei ali esperando por ela para ficarmos, de novo, agarradinhas).

Daqui a pouco será o primeiro beijo, depois a primeira desilusão (e lá estarei eu comemorando ou consolando). Virá a ansiedade antes das provas, a decepção das notas baixas, a insegurança de um novo emprego e... tá lá mamãe pra dar força. Inevitavelmente virá também o dia que sairá de casa... mas... ai.. tá cedo demais pra pensar nisso né? Vou ficar por aqui, na fase da carrapatinha....

*************

Tá... mas... voltando aos umbigos.... rs

De Umbigo a Umbiguinho

(Toquinho)

Muito antes de nascer
Na barriga da mamãe já pulsava sem querer
O meu pequenino coração,
Que é sempre o primeiro a ser formado
Nesta linda confusão.


Muito antes de nascer
Na barriga da mamãe já comia pra viver
Cheese salada, bala ou bacalhau.
Vinha tudo pronto e mastigado
No cordão umbilical.


Tanto carinho, quanta atenção.
Colo quentinho, ah! Que tempo bom!
De umbigo a umbiguinho um elo sem fim
Num cordãozinho da mamãe pra mim.


Muito antes de nascer
Na barriga da mamãe me virava pra escolher
A mais confortável posição.
São nove meses sem se fazer nada,
Entre água e escuridão.


Muito antes de nascer
Na barriga da mamãe começava a conviver
Com as mais estranhas sensações:
Vontade de comer de madrugada
Marmelada ou camarões.


Tanto carinho, quanta atenção.
Colo quentinho, ah! Que tempo bom!
De umbigo a umbiguinho um elo sem fim
Num cordãozinho da mamãe pra mim.

 



15 de janeiro de 2011

O essencial!


" Só se vê bem com o coração...
O essencial
é invisível aos olhos... "

(Antoine de Saint-Exupéry)

13 de janeiro de 2011

A carreira, filhos e o rebolation tion ...


Já escrevi aqui como foi punk meu fim de ano? Então... um dos motivos foi 1 semana de viagem a trabalho que me inspirou para este post. É... vou falar aqui sobre filhos x carreira... ô teminha batido né? De tão batido não tinha como não registrar minha experiência.
O fato é que essa história de que é perfeitamente possível conciliar carreira de sucesso e filhos, tenho que dizer: balela! Possível sim, mas... perfeitamente? Sei não!
A minha experiência no assunto é que para você voltar à carreira no mesmo ritmo de antes, ah... tem que rebolar, rebolar, rebolar. Julia acabou de fazer 2 anos e só agora eu digo que estou realmente retomando minha carreira. Trabalhar, ok... a gente volta sim a trabalhar depois da licença-maternidade (mesmo com todo o turbilhão de novas responsabilidades, compromissos e etc que vc não tinha antes do seu bebê nascer... mas você volta); no meu caso, foram licença maternidade + férias + licença-prêmio o que totalizaram 8 longos meses somente envolvida com fraldas, peitões e bilus-bilus... tanto tempo afastada, claro, teria suas consequências... nunca pensei o contrário e de jeito nenhum estou arrependida... foram 8 meses alucinantes de muitas transformações, novas experiências, novos sentimentos (que retratei alguns aqui), mas o fato é que ao voltar nada foi como antes.
Mas enfim, só agora consegui realmente me sentir de volta à ativa, mas como falei... rebolei rebolei rebolei... Essa viagem talvez tenha sido o marco do meu retorno, mas digo que foi uma superação pessoal … sim... para mim foi e a partir daqui relato minha maratona (cheia de orgulho com uma medalhinha, modestamente, de ouro no peito de mãe).

O convite era irrecusável, uma oportunidade que eu não poderia deixar passar, era a minha chance de voltar a me sentir fazendo algo realmente importante profissionalmente, mas... seria um trabalho em esquema de imersão (dia e noite) num hotel-fazenda numa rodovia em Anápolis, longe de tudo e de todos. Em outros tempos (mais precisamente 2 anos e 9 meses atrás) eu nem piscaria ao responder: “claro.... agradeço a oportunidade e blá blá blá...”, mas.... 2 anos e 9 meses depois quase que a resposta foi: “agradeço a oportunidade mas... blá blá blá”. No segundo da piscada (que eu não daria em tempos atrás) milhões de coisas vieram na minha cabeça: deixar a Julia aqui? Com quem? Levar? E deixar lá com quem? Minha mãe? Babá (que babá?). Mas antes de responder qualquer coisa mandei o caô: “vou verificar como vou me organizar” mas deixando a entender que não haveria problema.
Não haveria problema? É só o que havia: problemas. Podendo ser listados e enumerados (e foi isso que fiz: listei e fui mitigando – já entrando no clima do jargão profissional – 1 a 1 dos riscos)

Pissuca jamais ficou 1 diazinho sem mim na vidinha dela. Muitos podem pensar (e eu ouvi sim muitos falarem): “não se preocupe com isso”,”isso é mais sacrificante para você do que para ela”, “ela nem vai sentir falta”, “eu mesma já deixei os meus sozinhos e tudo bem” e etc etc etc. Realmente eu concordo (e juro por Deus que gostaria de estar nessa situação), que para quem já fez isso desde cedo ou que, inclusive, já acostumou os filhos a outra presença que não a sua, deve ser muito fácil sim. Mas para mim foi um tormento pois Júlia é uma bebê-carrapatinha-de-mamãe: só dorme comigo, às vezes encasqueta e só quer tomar banho, brincar, comer comigo. Não é uma escolha minha (embora reconheça que possa ser sim minha culpa), já demonstrei aqui mesmo, diversas vezes, o quanto fico sufocada com essa situação. Não sei o que fiz para que fosse assim pois realmente não me considero uma mãe super protetora, aliás, às vezes até me acho meio negligente com ela.. talvez a explicação esteja nos umbigos, mas enfim.. o fato é que não poderia arriscar viajar de cara 1 semana inteirinha deixando ela com outra pessoa mesmo que fosse minha mãe. Ela ia sofrer, meu coração de mãe dizia que ia e o primeiro pré-requisito para mim era:

Sem chance fazer qualquer coisa em meu benefício às custas de qualquer tipo de sofrimento para minha filha, em qualquer grau que fosse.
E esse foi meu lema: faço o que for, mas somente se eu puder fazer com que ela ficasse bem.

Daí vamos às opções:

      A: deixar Pissuca no Rio: sem chance pois papai não tem hora e não posso contar com ele; minha mãe sozinha não dá conta mais com a ela;e deixando junto com outra pessoa também não resolve pois para dormir e comer, principalmente dormir, seria um sofrimento (talvez não nos primeiros dias, mas com o passar dos dias ia virar um caos... conheço meu gado!)

      B: levar Pissuca e deixar em Brasília com minha mãe e alguém para ajudar, ia cair no mesmo problema com o agravante de ainda estar fora do ambiente dela e tal...

     Além do quê nas duas opções acima eu não conseguiria trabalhar bem pensando que ela poderia não estar bem... Claro que havia a opção de dar tudo certo sim, ela não sentir falta, ela ficar numa boa … mas, voltando ao meu lema, não ia querer pagar para ver.

     C: levar ela para o Hotel-fazenda com minha mãe e mais alguém... huuum, ok, poderia ser uma opção... só teria que pagar a diária do hotel da minha mãe e da babá.
     Primeiro problema: que babá? Depois de muito pensar, recorri à babá de fim de semana da minha cunhada (já que euzinha não tenho babá nem de durante a semana e a menina que me ajuda aqui com a casa não poderia sair do Rio assim por uma semana), afinal, só a "roubaria" da minha cunhada durante a semana, ela é de Brasília (não teria que pagar passagem para alguém daqui para lá) e o principal de tudo: Julia ama ela de paixão (e acho que a recíproca é verdadeira). Ok... ela tinha disponibilidade para ir para Anápolis... problema resolvido.
      Sim... 1 problema resolvido. O outro era: cacete a diária do hotel-fazenda era surreal, sem chance de eu conseguir bancar (mesmo com a diária que eu ia receber da empresa).

     D: não conseguindo pagar a diária do hotel-fazenda, a outra opção encontrada foi ir para Goiânia, deixá-las num hotel lá e ir todo dia para o hotel-fazenda em Anápolis (por que Goiânia e não Anápolis mesmo? Porque em Goiânia teria mais opções para elas se divertirem e não ficarem trancadas no hotel o dia todo, além de tia e primas que tenho lá e que poderiam ser mais uma opção de entretenimento).
     Vejamos, para atender à essa alternativa eu precisaria: alugar um carro (para os trajetos Brasília-Goiânia-Brasília e diariamente Goiânia-Anápolis-Goiânia); achar um hotel legalzinho mais em conta e....... negociar se eu poderia voltar para Goiânia todos os dias.
     Negociação feita, o resto foi fácil. Aluguei o carro em Brasília e ficamos no Ibis em Goiânia (aliás, recomendo... hotel bem localizado e bastante confortável com uma diária, digamos, realista) e veja como a diária do hotel-fazenda era surreal: mesmo alugando o carro e as diárias de Goiânia, ainda ficava mais em conta.... Mas mesmo assim, além do que a empresa me pagou de diária eu ainda tive que desembolsar um bom dinheiro pois, além do carro, hotel e babá, ainda tiveram as passagens da Julia (que com 2 anos já paga)... sem contar que eu perdi o vôo de ida – claro que tinha que ter mais um sanhasso - (pago pela empresa), ou seja, a minha passagem de ida acabei tendo que bancar também. No fim, paguei para trabalhar... mas … acredito firmemente que não há bônus sem ônus nessa vida.

E foi assim: 1h30 de estrada todo dia para chegar no hotel-fazenda (pois não era beeem em Anápolis, mas numa rodovia interestadual de lá), acordando super cedo (pois tinha que estar lá ás 8h) e alguns dias sem hora para voltar; Julia ficou doente com uma infecção no ouvido (tinha que ter mais sanhasso – trabalhando o domingo inteiro em Brasília antes da semana em Anápolis, e Julia com febre alta e otite que nos fez parar no hospital). Mas Julia se divertiu horrores nos passeios em Goiânia, ficou super bem com a babá e eu consegui pô-la para dormir todos os dias (mesmo que às vezes um pouco mais tarde), controlar o horário do antibiótico e tal.
Só uma coisa me incomodou durante a semana: o hotel-fazenda era show de bola demais (tinha até pavão) e eu estava sentida pela Julia não poder aproveitar aquilo lá... daí... consegui rebolar nisso também... no último dia, ao invés de voltar a Goiânia para pegá-las para voltar para Brasília, fomos cedo todas para o hotel-fazenda... e ela pôde aproveitar o hotel enquanto eu trabalhava e no fim, de lá, voltamos direto para Brasília... excelente! Fiquei super feliz ( e ela nem se fala).

Diz aí se eu não rebolei? Ôh …. não teria para Gretchen ou Carla Perez.

O resultado foi muuuuito cansaço (a ponto de já voltar para Brasília doente), mas com um trabalho realizado excelente e um sentimento de realização muito mais que profissional, que a muito tempo eu não sentia. Realização pessoal, de mãe.... mesmo...

Então... dá sim para conciliar carreira x filhos, mas se prepare para ficar com a cintura fina e piorar a dor nas costas (que começa na gravidez e que você não fica boa nunca mais) de tanto rebolar...

E ser mãe, afinal... deve ser (também) isso mesmo... ir equilibrando daqui e dali, fazendo o que dá, mas sempre sempre colocando nossos filhos em primeiro lugar!

Se divertindo no hotel-fazenda.

E algum esforço pode ser demais para ver esse sorriso?



11 de janeiro de 2011

Novo amor..

E Pissuca tem um novo amor...

O "Bôssi"...
Beija, abraça, põe para dormir, dorme junto, dá papá, dá mamá e até tira o cocô (só não toma banho junto pois mamãe não permite)...

Mas diz aí.. olha a pinta do rapaz... quem resiste a esse olhar e esse sorriso? Até mamãe aqui está ficando apaixonada!



7 de janeiro de 2011

A logística do desfralde


A nuvenzinha cinza sobre minha cabeça ainda não foi embora.. ainda não veio aquele solzinho no fim da chuva que traz o arco-íris (a despeito das unhaspink-fluor)... mas... como mãe que é mãe não tem mesmo tempo para ficar deprimida... cá estou eu às voltas com o desfralde de Pissuca e toda a logística que isso envolve. E sobre isso segue mais um dos meus post-gigantes (e esse é um daqueles gigantes-titãs, mas é que o assunto promete)!

Claro que fui estudar o tema e todos os seus tópicos: idade ideal; momento ideal; como é o processo; as “ferramentas” de apoio; as questões psicológicas (dela e minhas, já que minha Pissuca vai abandonar a última das características que ainda a separa de ser minha bebezinha para ser minha menininha). E claro também que minha alma (profissional) de gerente de projetos não me fez abster de todo um planejamento (com direito aos meus famosos checklists) … enfim, tudo para facilitar e passarmos todos por essa transição da forma menos traumática para ela (e, de novo, para mim, pois já ouvi horrores sobre esse período).

A primeira preocupação é: quando desfraldar? Bem, nesse caso não foi um dilema para mim, fui pela orientação da escola: eles iniciam o desfralde aos 2 anos e dizem que é a idade recomendada, mas já ouvi dizer que isso não é regra e que tem crianças bem mais novas que já desfraldam e que essa história de 2 anos seria para encher ainda mais a burra de dinheiro dos fabricantes de fraldas descartáveis. Enfim ... prefiro me ater a outros argumentos como os que levam em consideração a maturidade da criança tanto fisiológica (controle dos esfíncteres), como motora (conseguir descer e subir a calcinha; falar para avisar que quer ir ao banheiro e andar, claro – embora já tenha lido que o bebê da Gisele Bundchen começou a usar o troninho com 6 meses … sem comentários); além também da psicológica. Uma dica interessante que li no site da Pediatria Radical (Dr. Karp) sobre como identificar se é a hora do desfralde é se o filho já consegue descer e subir escadas, pois significa que ele já têm habilidade motora suficiente e também dá indicações que ele já controla os esfíncteres (!)... Ok... mais 1 ponto pra Pissuca, então vamos começar!

Com isso, compartilho com vocês algumas dicas que li e ouvi por aí, algumas eu já conhecia, outras já imaginava fazer mesmo por intuição, então segue aí para quem está, ou em breve estará, ajudando seu filhote a virar uma criancinha crescidinha que faz xixi igual gente grande. Pissuca começou o processo essa semana na creche, daqui a alguns dias eu posto os resultados e digo o que funcionou (ou não)de tudo isso.
Na verdade, já vinha fazendo algumas coisas por intuição mesmo (sem nenhuma pretensão ou previsibilidade) e que algumas pessoas disseram que deve ajudar no processo:
  • sempre me viu fazendo xixi e cocô e dando descarga: “tchaaaau cocozãaaao” (e de que forma a mãe aqui poderia fazer seu xixi e seu cocô com uma filha carrapatinha como a minha?).
    Aqui tem um lance psicológico que eu li em algum lugar (desculpe mas não lembro onde) que algumas crianças ficam tristes ao verem ir pelo ralo (literalmente) algo que saiu de dentro delas e que fizeram tanto esforço para produzir e bla bla bla... ai sei lá... não sou psicóloga, mas não acho que isso faça sentido para uma criança de 2 anos... enfim... de qualquer forma acho que a Julia não passará por isso.
  • sempre mostrei a ela o “xixizão e o cocozão fedido da Julia” então ela não vai se assustar.
    Li sobre casos de crianças que ficaram chocadas ao ver um cocô pela primeira vez e ainda mais quando perceberam que aquilo ali saía de dentro delas.... (confesso que alguns são assustadores mesmo!)
  • sempre controlei os horários dos cocôs (e ela é um reloginho) e as posições e caras daquele “momento só dela”, não por já estar pensando no desfralde, mas para evitar cocôs fedorentos e toda a faina de limpar cocô durante os passeios (quando era bebê a hora de sair era depois da mamada das 3hs; e depois que ela cresceu mais um pouquinho era depois do cocô da manhã).
    Isso vai ajudar a levá-la ao peniquinho quando o dito estiver a caminho. Mas com relação a esse negócio de ficar observando o momento da “hora H” tenho um certo receio pois li a respeito de uma tal de “prisão de ventre de fundo emocional” que acontece quando a criança é interrompida na sua concentração para fazer o cocô com a mãe pegando-a enlouquecidamente para levá-la ao penico e, chegando lá, claro, a vontade vai embora gerando uma frustração na mãe e consequentemente um medo da criança em decepcioná-la, fazendo-a segurar o intestino das próximas vezes... Bem.. vou tentar não passar nenhum tipo de ansiedade nesse quesito, vamos ver como vai ser..
  • ah! E ela já foi apresentada ao penico! Viu e até sentou no peniquinho dos priminhos em Brasília (mas a relação não passou do “muito prazer”... nada de mais efetivo aconteceu).

A seguir um consolidado do que eu li e algumas observações pessoais a respeito (peço novamente desculpas mas fui só reunindo as informações e me esqueci de anotar de qual site, mas foi resultado de pesquisa no nosso amigo google):

  • Etapas do desfrade: avisar que precisa ir ao banheiro, despir-se, limpar-se, dar descarga e lavar as mãos.
      * comprei um livrinho jóia que mostra essas fases para ela (ver no checklist ao final do post)
  • Usar reforço positivo. Elogie a criança. Não deixe de elogiá-la quando ela lhe disser que
    está com vontade de ir ao banheiro, mesmo que a iniciativa tenha sido sua e não brigue se ele esquecer de avisar. Faz parte do processo.
      * reforço positivo seeeeeempre! Esse sempre foi meu lema (aprendi com o Hector e funciona direitinho com a Julia também): toda vez que ela faz algo positivo recebe muitos elogios, beijinhos, abraços e festinha e agora não será diferente. Minha cunhada deu a dica de dar adesivinhos de brinde sempre que usar o penico e achei uma idéia bem legal (tem até no livro que comprei pra ela).
  • Tentar iniciar o processo no verão pois no inverno fazemos mais xixi (porque transpiramos menos) e ficar molhado, mesmo por um curto período de tempo, é bem mais desconfortável no frio. Além disso, há a dificuldade logística de lavar uma porção de roupas e calcinhas ou cuecas com tempo frio e chuvoso ou deixar colchão secando caso aconteça algum acidente noturno.
      * também tive sorte com isso, pois iniciei agora em janeiro... verãozaço!
  • Para começar, deixe a criança sentar no peniquinho uma vez por dia, sem tirar a roupa, criando assim uma rotina.
      * essa dica não estou seguindo não.. já levo ela para o peniquinho e tiramos a calcinha. Tô considerando o reconhecimento inicial já feito com o peniquinho dos priminhos em Brasília.
  • Deixe-a livre para sair quando quiser, sem forçá-la a ficar. A espera sentada não deve exceder 5 ou 10 min.
      * ah claro... não forço ela nem a comer quando não quer... imagina a fazer xixi e cocô. Basta um “xixi não, tá mamãe?” para eu dizer: “tudo bem” e voltamos ao que estávamos fazendo.
  • Quando a criança evacuar na fralda, procure levá-la ao banheiro, para jogarem juntos as fezes no sanitário.
  • Uma criança que evacua regularmente, quase todos os dias, no mesmo horário, tem mais facilidade em largar as fraldas do que uma criança cujo intestino é irregular.
      * tô confiante nisso!
  • "uma vez tirada, jamais colocada".
      * essa foi uma orientação da psico-pedagoga da creche e eu também li algumas recomendações desse tipo, mas como tento não ser radical em nada com a Julia, acho que não vou seguir essa regra não (a princípio, pelo menos até eu perceber que possa estar realmente prejudicando o processo). Minha intenção é usar pelo menos aquela calcinha de treinamento (ou fralda de transição, como preferirem) para as saídas de casa até que ela esteja realmente adaptada à nova situação; quero evitar a frustração que eles sentem quando o xixi/cocô escapolem (e na rua, isso deve ser pior), além, é claro, de mais uma vez evitar a faina. Na ida e volta da creche ela está usando as fraldas mesmo e quando vai ao parquinho também (como disse, pelo menos por enquanto).
  • Deixe que a criança permaneça uma parte do dia sem fraldas. Quando evacuar, sem a proteção da fralda, sentirá desconforto e incômodo ao permanecer suja. Naturalmente, a criança começa a dar sinais, solicitando que seja levada ao sanitário antes de deixar escapar nas roupas.
      * huuum vejamos se ela vai ser fresquinha... rs..
  • O penico é muito importante, pois proporciona à criança a segurança e o apoio dos pés no chão, o que não acontece no vaso sanitário. A posição natural que o penico impõe torna mais fácil a evacuação. Superada essa fase inicial, é importante colocar a criança no vaso sanitário de adulto (com a tampa infantil) para que ela adquira estímulo e responsabilidade, além de, é claro, sentir-se como gente grande!
      * o penico, mesmo já tendo um assento redutor, sempre foi minha opção também por pensar, além do que foi citado, em dar uma independência para ela poder ir sozinha quando se sentir preparada.
  • Sim, ele vai se sujar inúmeras vezes, então deixe-o com o menor número de roupas possível, de preferência descalço e sempre tenha um balde com pano de chão e desinfetante à mão.
      * bem.. quanto a isso não tenho dúvidas … rs... tenho procurado deixá-la mais de vestidinho para facilitar na hora de usar o peniquinho e meu kit acidente doméstico já está a postos (inclusive separei 2 panos de chão somente para esses casos, quem já teve cachorro dentro de casa sabe bem como funciona essas coisas... rs..). Separei também um balde somente para colocar as roupas “acidentadas”de molho.
  • Deixar brinquedos, revistas, livros de histórias próximos do penico ou para o banheiro, para entreter e distrair criança até que consiga evacuar.
      * essa ainda não experimentei
  • Para ficar sem fraldas no carro, compre tapetes higiênicos em pet shops e ponha-os na cadeira. Caso ele faça xixi, o tapete absorverá e a cadeira fica intacta.
      * essa dica é daquelas sacadas da manga... eu jamais ia imaginar isso e é uma solução bastante prática para as primeiras saídas de casa sem a fralda de transição. (lembrei até do Hector... quando era filhote e a gente foi viajar para Brasília de carro pela primeira vez: no caso dele tinha uma pequena diferencinha que a gente só percebeu depois de 12 horas de viagem: esses tapetes têm um odor que só os cachorros sentem que estimulam eles a fazerem xixi; no caso dos cães, esses tapetinhos são para ensinar onde eles devem fazer o xixi... e a gente não entendia porque de 2 em 2 hs a gente descia com ele para fazer xixi e ele cheirava, cheirava todos os postes mas só fazia o xixi mesmo quando voltava pro banco do carro...(ic .. ic!)
  • Acidentes irão acontecer. Acontecem até com os adultos! Castigar a criança nunca, pois mesmo depois que a evacuação no sanitário torna-se uma rotina em sua vida, ela ainda perde a noção do tempo: espera a dor apertar até resolverprocurar o banheiro (principalmente se estiver numa atividade ou brincadeira interessante). Elogie sempre os progressos!
      * ah isso nem precisa comentar... em todas as experiências que li, todas as mães focaram num ponto em comum: paciência... muuuita paciência e uma amiga mãe de um amiguinho da Pissuca que já iniciou o processo disse uma verdade: “eles não vão fazer 18 anos fazendo xixi nas calças”, então.. é um processo transitório, mais uma fase de desenvolvimento para eles que a gente precisa, acima de tudo, dar apoio sendo pacientes e positivos.
  • Desfralde noturno: A fralda noturna só deve ser abandonada depois que a criança conseguir se livrar de vez do uso durante o dia. Isso leva em média quatro meses, mas a referência mais importante é que a fralda acorde sequinha por vários dias seguidos, no mínimo uma semana.
      * bem... esse é ooooutro assunto. Como diria o marido: “uma guerra de cada vez”. Quando for o momento a gente fala sobre isso.

Receitinha de bolo (que nem sempre funciona mas que é sempre um bom começo):

semana: Leve seu filho ao banheiro para fazer xixi a cada duas horas. O horário de fazer cocô deve ser o que a criança está acostumada. Nessa primeira etapa, é importante que os pais fiquem ao lado dela, esperando ele terminar de fazer as necessidades. A dica aqui é não apressar a criança: deixe-a demorar o tempo que for preciso. Terminada as necessidades, limpe a criança e coloque uma cueca ou calcinha nela. Mostrar entusiasmo e orgulho por ela ter usado o banheiro também ajuda. Uma coisa que ajuda no processo é vestir a criança com cuecas e calcinhas com desenhos coloridos, incentivando-a a usa-las.
* nessa primeira semana eu estou sendo um pouco menos otimista e estou levando ela de 30 em 30 minutos até eu perceber mais ou menos quanto tempo ela demora para ter vontade; as calcinhas com desenhos coloridos... bem... há controvérsias, veja checklist abaixo.

semana: Dê continuidade ao processo aplicado na primeira semana, com uma diferença: desta vez deixe-a sozinha e peça que ela chame quando tiver terminado. Não se desespere se ela fizer alguma coisa errada depois de tanto tempo de esforço, pois é normal isso acontecer. A dica é não brigar com ela e dizer que foi apenas um deslize, mas que dá próxima vez ela irá conseguir.

semana: Não a leve mais ao banheiro. Deixe que ela decida quando quer e peça para ir ao banheiro. A dica é perguntar, pelo menos quatro vezes ao dia, se ela quer fazer xixi ou cocô.


Meu checklist para o desfralde:
  • redutor de assento (isso quando a gente se mudou para a casa nova, já compramos um assento com esse redutor para o banheirinho dela)
  • providenciar um banquinho para ela apoiar os pés quando for usar o vaso com assento redutor (esse apoio é importante para que ela possa fazer principalmente o cocô e também se sentir segura)
  • penico que toque musiquinha pois ela ama qualquer coisa que se refira a música (comprei um que tem um sensor, qdo ela fizer xixi/cocô ele automaticamente toca uma musiquinha – tem outros que tocam também, mas tem que apertar um botão - e tem também lugar para o papel higienico - afinal também é preciso ensinar a higiene: meninas de frente para trás, os meninos não sei se a balançadinha é a orientação oficial nesses casos - e uma descarguinha - educação né minha gente!)
  • livrinho sobre desfralde (comprei “A hora do penico para meninas”, achei legal pois as imagens são de fotos de criança o que dá uma certa identificação e vem com adesivos para dar como recompensa; é bem baratinho e como a Julia gosta de ler livrinhos, acho que é uma boa introdução para ela)
  • calcinhas de treinamento (poucas, somente para os passeios)
  • kit acidente doméstico: balde, desinfetante e 2 panos de chão específicos + balde para roupas de xixi/cocô
  • 30 calcinhas (das beeem baratinhas já que vão ser bem surradas nesse processo e essa quantidade não dá para comprar aquelas das mais bonitinhas -e mais caras- como recomendado; e por que 30? Bem... só a creche está pedindo 12 por dia e definitivamente não está nos meus planos lavar calcinhas todas as noites, então estou comprando uma quantidade com folga; nessas lojas populares consegui comprar a 1,99 cd uma – tá de bom tamanho né? Baratinhas, mas honestas, preocupei-me em comprar das de algodão e sem rendinhas para evitar alergias ou coceiras ou maiores incômodos)
  • adesivos bonitinhos para dar como recompensa (além das festinhas, é claro) a cada xixi/cocô no peniquinho (estou ansiosa para ver toda a parede do banheiro cheia de adesivinhos)

E é isso! Vamos ver o desenrolar dos fatos (até porque ainda não passei um dia inteiro com ela só de calcinha em casa, só o período da chegada da creche até ir dormir)... A psico-pedagoga da creche disse que meninas são mais propensas às regras sociais que meninos, o que dá a esperança do processo ser mais rápido... mas como eu nunca confio muito nessa história de meninos são assim e meninas são assado (a dizer pela lenda de que meninas são mais quietinhas que meninos... humpft..... eu que sei!), prefiro aguardar...
Aguardemos então... e de minha parte pretendo agir como em todas as outras fases desde que Pissuca nasceu: seguindo minha intuição e fazendo o que meu coração disser que é certo (e tem funcionado até aqui), mas sempre respeitando o tempo dela.
Na verdade a principal dica de todas que eu li foi essa: o tempo do desfralde é dela, e não meu!

5 de janeiro de 2011

Só um tempinho...

Ok... sei que prometi intensa atividade por aqui mas não contava com uma nuvenzinha cinza em cima da minha cabeça!!!

Estou meio deprêzinha... deve ser depressão pós-fim-de-ano/pré-ano-novo sei lá...

Então... vou precisar de um tempinho... mas vai ser rapidinho, tá?

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