Nós??? Nós voltamos a ser crianças.
E foi numa dessas situações que percebi também um outro aspecto da maternidade: a gente acaba voltando a ser crianças.
Não são poucas as vezes que me pego me divertindo horrores com ela, como se eu fosse uma criança; participando das brincadeiras e fantasias e várias vezes, até com a desculpa de incentivá-la, já estou eu lá me amarrando em subir naqueles brinquedos enormes e descer dos escorregas mais altos...
E no meu caso eu diria até mais... acho que estou vivendo com Pissuca uma infância que eu não vivi. A verdade é que não tive muito esse incentivo à fantasia quando eu era criança. Filha única.. meus pais sempre trabalharam muito e também os tempos eram outros...menos lúdicos eu diria. A real preocupação (sem nenhuma crítica, pelo contrário) era dar educação, crua e simplesmente. Pelo menos foi assim comigo.
Talvez por esse motivo eu me preocupe tanto em criar para Pissuca esse ambiente mais lúdico, estimular a fantasia e até mais... estimular as mais diversas experiências, sejam elas lúdicas ou aventureiras.
Procuro estar sempre inventando algo diferente na Páscoa, no Natal, nas brincadeiras com as bonecas e até mesmo nos momentos em que preciso conduzí-la a um objetivo específico (como
usar o peniquinho ou parar de fazer xixi na fralda a noite - aliás... este último é meu foco atual... vou compartilhar um post sobre como estou conseguindo)
Não quero me desviar da necessidade do educar, do ensinar o certo e o verdadeiro, mas me propus a não deixar de lado o faz-de-conta e a diversão.
E quer saber? Tô adorando muito tudo isso! Claro que não foi nada planejado, tipo a lei do: "vou criar minha filha num ambiente blá blá blá". Na verdade, nasceu de um pensamento mais ou menos assim: "ah eu não tive isso, mas gostaria que ela tivesse". Aliás, vamos combinar que este é um sentimento comum a todos os pais em quase todos os aspectos da vida.
Boba? Realmente eu mesma me vejo meio boba nessas situações. Realiza a
pessoa aqui se acabando em tintas, inventando historinhas e descendo de
escorregas gigantes, com um sorriso de uma orelha à outra do rosto, como se da
mesma idade de Pissuca fosse?
Mas o fato é que eu acabo curtindo tudo junto com ela (e eu ainda começo a me divertir antes, já quando estou bolando os planos do quê fazer, do como fazer e etc), aproveitando e participando de tudo com ela e isso tem me feito muito bem. No melhor sentido da frase, eu diria que sinto lavando minha alma, sabe?!
E quando digo sempre que Pissuca foi meu presente de Deus, está aqui mais uma prova: a sorte dela gostar disso tudo tanto quanto eu.
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Ó só minha cara de satisfeita!?!?!?! |