17 de janeiro de 2011

Que negócio é esse de umbigo?

E para os que ficaram curiosos no post anterior quando falei dos umbigos...


Vamos lá buscar alguma fundamentação científica? Bem... sobre guardar os umbigos juntos... enfim... não achei nada não.... mas para a carrapatice... quem sabe? A psicologia cita o cordão umbilical como um dos elos mais fortes entre mãe e filho.

Em um artigo publicado no Instituto de Psicologia da USP (Psicologia também é uma área de meu interesse, embora nunca tenha podido me dedicar ao tema), o artigo “Geração, cuidado e amor: uma compreensão de Sonata de Outono” descreve, por meio da análise de uma relação de mãe e filha do filme, como se dá essa ligação:

Tanto do ponto de vista biológico, quanto do psicológico, o cordão umbilical marca uma relação de dependência.
Durante as 38 semanas de gestação, é essa ligação entre mãe e filho que garante a sobrevivência e o desenvolvimento do filho. Poucos dias depois do nascimento do bebê, o cordão murcha, seca e cai, mas, em termos afetivos, ele pode nunca deixar de existir. Isso significa que o sentido da ligação afetiva que o cordão umbilical expressa é constantemente atualizado no decorrer da vida, na forma de dependência ou independência. “


Huuum... emblemático, não?!

E segue texto registrado (fazia tempo que eu não postava nada antigo... rs) quando Pissuca recebeu mais esse apelido: carrapatinha-de-mamãe.

*** Texto registrado em 17/10/09 - Pissuca com 11 meses *** 
Júlia carrapatinha de mamãe... essa semana ela tá um grude só... um carinho só... Fui ver na tabela e... truco!...  Tá no pico de desenvolvimento

Vovó que apelidou: Julia carrapatinha de mamãe.

E sim.. é um grude só mesmo... tá certo que ela tá no pico de desenvolvimento, o que a deixa mesmo mais dengosa e apegada, ia até colocar no título “fase carrapatinha de mamãe”, mas não é uma fase não... o fato é que ela é seeempre assim mesmo (nos picos de desenvolvimento aí fica muuuuito mais – se é que isso é possível).

Sempre agarrada comigo... igual uma carrapatinha. Carrapatinha de mamãe.

Minha mãe veio com uma história de que é porque a gente guardou nossos umbigos juntos... RS... que isso reforça o elo, a ligação. Bem.. não sou lá muito crente nessas superstições, mas o fato é que tenho feito toooooodas que me falam desde que a Julia nasceu. RS... Se não prejudica ninguém, que mal tem né?

E se é por isso ou não, também não sei, o que sei é que, embora muitas vezes eu me sinta cansada por ser tão solicitada (ás vezes até sufocada) por esse agarramento todo, a verdade é que isso me envaidece muito. Me deixa muito feliz ver o quanto ela é carinhosa comigo, o quanto se sente segura nos meus braços.

E eu sei que é isso mesmo (e é assim que deve ser mesmo). Tudo bem que muitas vezes a paciência falta, o cansaço pesa e a gente quer sim se distanciar um pouco (filha, perdoa mamãe por isso), mas tenho consciência de que nós, mães, temos que estar preparadas para seguir sendo sempre solicitadas, nos preparar para estar a postos em todas as ocasiões, nos momentos bons (nas alegrias e brincadeiras) e nos não tão bons (fome, cede, sono, dor). E conforme o tempo for passando sei que lá estaremos nós a postos em todos os marcos da vida dos filhos. É a função básica de ser mãe, não é mesmo, estar ali bem ao alcance das mãos? Antes do primeiro dia de aula e depois (pontualmente) na hora da saída (que foi tão precoce, minha bichinha já tá na escolinha desde os 8 meses e minha maior preocupação era – e é – que ela esteja certa e segura de que eu estarei com ela mesmo estando longe e que ao final do dia eu estarei ali esperando por ela para ficarmos, de novo, agarradinhas).

Daqui a pouco será o primeiro beijo, depois a primeira desilusão (e lá estarei eu comemorando ou consolando). Virá a ansiedade antes das provas, a decepção das notas baixas, a insegurança de um novo emprego e... tá lá mamãe pra dar força. Inevitavelmente virá também o dia que sairá de casa... mas... ai.. tá cedo demais pra pensar nisso né? Vou ficar por aqui, na fase da carrapatinha....

*************

Tá... mas... voltando aos umbigos.... rs

De Umbigo a Umbiguinho

(Toquinho)

Muito antes de nascer
Na barriga da mamãe já pulsava sem querer
O meu pequenino coração,
Que é sempre o primeiro a ser formado
Nesta linda confusão.


Muito antes de nascer
Na barriga da mamãe já comia pra viver
Cheese salada, bala ou bacalhau.
Vinha tudo pronto e mastigado
No cordão umbilical.


Tanto carinho, quanta atenção.
Colo quentinho, ah! Que tempo bom!
De umbigo a umbiguinho um elo sem fim
Num cordãozinho da mamãe pra mim.


Muito antes de nascer
Na barriga da mamãe me virava pra escolher
A mais confortável posição.
São nove meses sem se fazer nada,
Entre água e escuridão.


Muito antes de nascer
Na barriga da mamãe começava a conviver
Com as mais estranhas sensações:
Vontade de comer de madrugada
Marmelada ou camarões.


Tanto carinho, quanta atenção.
Colo quentinho, ah! Que tempo bom!
De umbigo a umbiguinho um elo sem fim
Num cordãozinho da mamãe pra mim.

 



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