2 de junho de 2010

Sobre bebês e cachorros

A pedidos...

**** Texto registrado em 19/04/10 - Pissuca tinha 1 ano e 5 meses ****

Ah o nosso bulldog inglês.. figura figura... (E.t.: temos um bulldog inglês de 4 anos, o Héctor ... sim... Héctor... o nome do bulldgog do Piu-piu e Frajola).

Confesso que já quando aceitamos ficar com ele quando ele nasceu (filho do Téo, bulldog do Felipe – meu concunhado - e alías, um dos motivos era ele ser uma  cópia – melhorada - do pai), já tínhamos a preocupação se seria um cachorro bonzinho e tudo que líamos dizia que o bulldog era um cachorro extremamente dócil e que adorava crianças.

Bem, mas mesmo assim depois que fiquei grávida, lógico que eu fiquei bolada... todo mundo fala em ciúmes e o lance territorial dos machos e tal... daí o tema entrou também nas minhas pesquisas na internet durante os nove meses de espera.
Enfim, segui todas as orientações que eu li: papai trouxe uma roupinha usada da Julia na maternidade primeira noite pra ele cheirar e, quando chegamos em casa, a primeira coisa foi deixar ele cheirá-la. Sempre que ele queria se aproximar a gente deixava (supervisionadamente, claro) e a recepção foi super tranqüila.

Outro medo que eu tinha era sobre alergias, sujeira (porque não tem jeito, cachorro é sujo - por mais que se banhe - e solta pêlo, e no caso do Hector... pra caramba). Quanto a isso, a única coisa que eu fiz (na verdade que eu pude fazer) foi ensiná-lo a não entrar no quarto dela (o que foi fácil porque ele sempre teve o acesso controlado a alguns cômodos da casa, como banheiro e cozinha, e nunca deu alterações quanto a isso).
Inclusive eu li em alguns artigos a respeito de alergias que, algumas vezes, evitar o contato contribui mais para a manifestação de ocorrências alérgicas do que manter um contato controlado, pelo lance da criação de anticorpos e tal (apesar da gente saber que tem a questão genética aí).
Com isso, também não fiquei neurótica de deixar ela no chão não, mantinha um máximo de limpeza possível e confiava na famosa teoria da "vitamina S".

Quando ela começou a ficar mais independente (engatinhando e tal) e tomou conhecimento da existência do Héctor, a preocupação era o contato mesmo com ele.
E não tem jeito sabia? Ela colocou mesmo a mão na boca dele váaarias vezes (e as vezes que eu vi, claro que eu lavei na mesma hora... mas quem sabe quantas vezes que eu não vi?!) e puxava o couro dele até sair o tufo de pêlo na mão.
A preocupação era (e é) não deixar ela puxar o rabo nem pôr a mão no bumbum porque ele agüenta tudo, mas a parte detrás é seu fraco ... e pôr a mão na boca dele lá vai , mas comer cocô de cachorro aí não há vitamina S que justifique.

Outro ponto era evitar que o Héctor pegasse os brinquedos dela (que lógico ficam todos espalhados pelo chão) não só pra não estragar mas principalmente porque a chance da troca de salivas (eca!) era certa. Também não tivemos problemas, foi só ensinar ao Héctor a frasezinha “é da Julia” e pronto, ele nem chega perto!

Tenho que dizer que, com toda certeza, o fato de termos um cachorro super disciplinado e obediente (ele é sim, não é babação não... sempre é muito fácil ensinar as coisas para ele e aí vai um cala-boca pra quem diz que bulldog é um cachorro burro) tem sido essencial para a harmonia do lar.
Mas, enfim... vou dizer que com relação a higiene, tomando todos os cuidados básicos, nunca tive problemas, graças a Deus. A Julia não manifestou alergia ao pêlo e nunca teve verme ou sapinho na boca, essas coisas normalmente ligadas a algum tipo de falta de higiene.

Mas de tudo isso, acho que a questão comportamental é que tem sido mais importante pra mim.
Eu sempre quis ter um cachorrinho quando era criança... fui ter um só já adolescente (o Lucky, um poodle que morreu em 2008). Então fico encantada com a relação da Julia com o Hector e as reações do Hector com a Julia.

Logo que ela nasceu deve ter sido uma fase complicada pro Héctor (gente nova em casa, e casa nova também pois assim que ela nasceu, com 1 semana a gente se mudou). Mas ele encarou direitinho tantas mudanças.
A única coisa foi que ele realmente ficou com o sentido territorial mais aflorado. Não sei se pela chegada da Julia ou pela mudança de um "apertamento" para uma casa (ambiente maior, consequentemente maior área pra ele cuidar?). Bem.. não sei, mas era fato que ele ficou um cachorro super protetor notadamente no período que amamentei a Julia.
Pensei até no cheiro do leite que de repente remetia a ele o instinto de que tinha um filhote que ele precisava proteger. Principalmente porque o Anderson viajou muito nesse período e acho que ele acabava assumindo a função de protetor da casa na ausência dele.
Quando estava amamentando ele sempre estava por perto, muitas vezes aos meus pés (e eu fazendo carinho nele com o pé); se a Julia chorava ele já vinha pra ver o que era (aliás é assim até hoje) e começou a ficar bravo com estranhos (ele que nunca rosnou nem pra outros cachorros na rua).
Um dia ele avançou no moço da Telemar que vinha instalar o telefone (eu estava amamentando a Julia lá em cima e o Anderson estava viajando) nunca tinha feito isso na vida!).
Esse comportamento passou depois que eu parei de amamentar, o que fortalece minha teoria do instinto “paternal”.

Conforme a Julia foi crescendo, ficando mais livre nos movimentos, a relação deles também evoluiu... era (e é) um tal de beija o Hector, faz denguinho no Hector, abraça o Hector... um carinho só dela com ele (tenho zilhões de fotos maravilhosas estilo Anne Guedes dos 2 juntos).
Vejo a relação deles como de irmãos mesmo (e quem tem cachorro em casa, sabe que cachorro é filho também). Ela chega a imitar ele, muitas vezes a vejo deitada no chão esparramada igual a ele; outras vezes ele tá sentado encostado na parede e ela vai lá e senta do lado dele; outro dia ele tava latindo pro pintor na casa da frente e ela parou do lado dele e começou a latir pro moço também... RS... teve um período que ela tava até pegando as coisas no chão com a boca (aff.. dizem que a gente cria cachorro como gente, nesse momento tive dúvidas se eu não estava criando uma bebê como um cachorro!), às vezes fica de quatro latindo outras vezes imita o Héctor ofegante. Confesso que fico de olho pra ela não resolver ir comer a ração dele.

Ultimamente os dois andam meio se estranhando (que irmãos que não se estranham não é?). Mas isso porque ela tá demais, corre atrás dele o dia todo, uma vez o coitado deu a volta na casa pra se esconder na cozinha que estava de porta fechada, só pra fugir dela.. rs... ou então vai pra debaixo da mesa procurando um pouco de sossego. Ás vezes ele perde a paciência (claro que não ameaça morder, mas dá umas rosnadas, tipo uns esporros nela... RS...) Lógico que isso faz a gente ficar mais de olho, mas nada que nos faça sequer pensar em evitar a convivência dos dois. Até porque eu realmente acho que a convivência, crescer com um bicho de estimação em casa (embora eu não tenha tido essa experiência) só pode ser muito enriquecedor pra ela em todos os sentidos, tanto de vida como de ser humano (e não faltam artigos por aí que reforcem isso).

***********************************

Tenho um recorte de uma revista (de culinária - !!! - Revista Ana Maria) que eu fiz questão de guardar que fala sobre isso e eu amo...



E aqui, seguem alguns flagrantes (estilo Anne Guedes!) desses momentos únicos de cumplicidade... que não têm preço!
Ai... era pra ser só uma foto, mas não consegui escolher só uma!
Então... presenteio vocês com meus 2 filhotes... que eu amo demais!



Pissuca com dias de vida... primeiros contatos...

























Nesse dia, ela estava doentinha, ardendo em febre... ele veio e deitou do ladinho dela..



6 comentários:

  1. Querida amiga... vc escreve muito bem! Tomara que não esteja distante o dia em que vamos trocar confidências sobre o assunto. Bjinhos da amiga sempre chorona, mas q não perde as esperanças.
    Yara

    ResponderExcluir
  2. Amiga chorona que eu adoro... confie que não demora não... vc vai ver!

    ResponderExcluir
  3. Oi Tati, adorei o texto e as fotos da Julia & Hector. Estou torcendo por você dia 15! Mas se não der, tomara que a promessa esteja acabando! Bjs, Tais.

    ResponderExcluir
  4. Amei o post e as fotos mais ainda!!! Sua filha é linda!!!
    Eu tenho uma filha de 7 meses, um pastor alemão de 2 anos e uma boxer de 1 ano e meio. Os cachorros, por serem grandes, têm seu lugar próprio fora de casa, um canil e um gramado bem espaçoso.
    A Bia está se apaixonado por eles agora e eles por ela... é muito legal ver a interação deles...
    Particularmente, eu acho que toda criança tem direito de ter um cachorro...
    http://anamaedeprimeiraviagem.blogspot.com/

    ResponderExcluir
  5. Oi Ana, então... têm direito sim e estou certa que aprendem muito com essa convivência. Minha Pissuca já está com 2 anos e chama o Hector de "príncipe da Júlia"... rs...

    ResponderExcluir
  6. Oi Ana, então... têm direito sim e estou certa que aprendem muito com essa convivência. Minha Pissuca já está com 2 anos e chama o Hector de "píncipe da Júlia"... rs...

    ResponderExcluir

LinkWithin

Related Posts with Thumbnails