Estreando
mais uma tag de utilidade materno-social (Biblioteca de Mãe). Vou
tentar sempre colocar aqui algumas resenhas de livros que leio e que
me ajudam a entender melhor essa tal de maternidade.
Começo
de agora tá... o que já li não vai rolar... depois faço um post
apenas com a indicação de alguns já lidos, mas sem resenha.
Sim..
o post é longo.
Mas
não.. não é a transcrição do livro...
Estão
aqui apenas as situações (com links para algumas) que se aproximaram mais das minhas
experiências e dúvidas (... e experiências e dúvidas são que nem
orelhas né? Cada um tem as suas), mas tem diversos outros assuntos
que, com certeza, valem a pena conhecer. Então... recomendo
fortemente....
Em
azul ... trechos do livro
Em
negrito... frases para registrar
E
em preto ... minhas observações pessoais-particulares.
Então... o
livro trata principalmente da faixa etária entre 1 ano a 2/3 anos
mais ou menos (referidas como criancinhas ou crianças pequenas).
“Os anos terríveis”...
As
crianças pequenas são construídas conforme um projeto que é
perfeito em cada detalhe, exceto por um pequeno defeito: elas possuem
atividade de um aeroporto internacional, porém a torre de controle
não funciona.
Não
permita que os outros façam você se sentir cheia de culpa: acredite
em mim, até a criança de 2 anos mais egoísta e mais agressiva vai
se transformar num adulto educado e encantador
(Durante
os 1ºs quatro anos de vida) o objetivo é livrá-las de problemas,
saber usufruir da magia que elas trazem com novas experiências, e
introduzir atitudes adultas quando seu cérebro de criança estiver
pronto.
“os
anos terríveis” .... ao terrível período que vai de 1 ano e meio a
2 anos e meio de idade” período que alia um mínimo de juízo com o
máximo de mobilidade. (É exatamente aí onde me encontro... ic!)
Sobre "Confiança":
(Considera-se
normal dentre as crianças de 2 anos de idade) que 95% sejam teimosas e
que 100% sejam ativas e não parem quietas (100% minha gente, 100%... ufa!)
Livros
cheios de idéias absurdas e sem nenhuma praticidade, que estabelecem
padrões inatingíveis, só fazem criar medos e sentimentos de
inadequação nos pais.
Devemos
ter a confiança de agir por nós mesmos e não permitir uma espécie
de lavagem cerebral por aqueles que agem diferentes de nós.
Alguns
profissionais conseguem fazer com que os pais se sintam inteiramente
inadequados. (Verdade viu?! Experiência própria!)
Crianças
que dormem nos braços da mãe terão dificuldade de continuar
dormindo se acordarem no meio da noite sozinhas na cama. MENTIRA.
Se
você gosta de acariciar seu bebê até ele dormir, e se seu bebê gosta
de ser acariciado até dormir, então esta é uma pequena porção da
magia a que vocês dois têm direito. Cara... tudo tudo
TUDOOOO que eu precisava ouvir (e essa parte em negrito,
especificamente, não fui eu que coloquei não... estava em negrito mesmo
no livro)
Sobre "Comportamento":
Frustração:
como pais, devemos aceitar o fato de que uma certa quantidade de
birra e de choro é devida à frustração e, não apenas a um mau
comportamento. A criança está tentando lidar com as limitações e
nesse momento, é de carinho e encorajamento que precisa, em vez de
punição.
Quando
houver mudanças e alterações (como visitas em casa, p. ex), espere
um pouco de mau comportamento, porém procure trabalhar a causa da
tensão em vez de tentar combatê-lo com disciplina punitiva.
Muitas
criancinhas
- tem medos: cachorro, barulhos estridentes, situações novas, objetos estranhos e gente podem causar aflição e angústia em metade das cirianças dessa idade
- apresentam uma enorme quantidade de hábitos irritantes (isto sem dúvida não é um problema somente das crianças)
- têm um comportamento flutuante dia a dia e semana a semana. Os adultos também têm dias bons e maus e , no entanto, não botamos a culpa disto no nascimento dos dentes.
Sobre "Disciplina":
Os
pais devem ter expectativas sensatas sobre as crianças pequenas.
Nenhuma criança de 2 anos de idade vai pensar ou se comportar como
um adulto.
Tornando
a vida mais fácil:
- tente manter a calma
- não discuta, aceite o inevitável e, uma vez terminado o incidente, esqueça
- ambos os pais devem manter uma disciplina consistentes
- dê a seu filhinho estrutura, rotina e limites claros
- tenha expectativas realísticas quanto ao comportamento dele e evite aquelas artimanhas que desencadeiam maus comportamentos
- evite batalhas que não podem ser vencidas
- quando tudo isso falhar, saia de casa.
Sobre "As Artimanhas":
Conheça
as armadilhas: há certas coisas que são garantia para deixá-lo
elétrico como por exemplo, ir ao supermercado. Portanto, se você
conhece as situações que desencadeiam maus comportamentos nele,
evite-as, enquanto ele é pequeno. (O exemplo do supermercado foi do livro mesmo viu? E lá na frente tem até um item específico sobre isso... Confesso que fico feliz, embora tenha sido muito criticada por isso, ao ler que tenho tomado a atitude principalmente quanto a esse item... rs....)
Ignore
o que não é importante: o que interessa é concentrar-se nos 20% que
realmente importam e ignorar os 80% que são irrelevantes (Princípio do Pareto para crianças... kkkk.... ótimo!). Quando você estiver optando por ignorar
determinados comportamentos que não lhe agradam, deve fazê-los de modo
firme mas calmo, cortando toda espécie de atenção e não se importando
com o que estiver acontecendo.
Encoraje
o que é bom e desencoraje o que é mau: qualquer comportamento
reforçado por recompensas tenderá a ser repetir, e qualquer
comportamento que não for notado, encorajado e reforçado
provavelmente desaparecerá.
Bom
comportamento deve ser recompensado imediatamente. Lembrando que recompensa nem sempre é material... carinhos, elogios e reforços positivos são muito bem vindos e sempre funcionaram muito bem com minha Pissuca, muitas vezes até mais do que um presente. Da mesma forma o reforço negativo também funciona... quer ver Pissuca realmente tocada, é dizer a ela que estamos "muito tristes" com algo que ela tenha feito. Muitas vezes chega a chorar falando: "não mamãe, desculpa, fica feliz!" (corta sim o coração... mas é um mal necessário)
Recompensa: bônus imediato e não anunciado, depois que um bom comportamento aparece.
Suborno:
espécie de chantagem em que se diz a uma criança que ela só poderá
ter algo depois que cumpri determinada tarefa.
Se
um pouco do velho suborno atinge o efeito desejado, use-o.
Eu sempre tomei muuuuito cuidado com essa diferença. Sempre tive medo de transformá-la numa mercenariazinha... #alívio ao saber que não era mais uma paranóia de mãe.
Sobre chiqueirinho.... adorei essa: alguns pais, porém, dizem que o
chiqueirinho era para seu próprio uso: eles colocam uma cadeira confortável
lá dentro, sentam-se e lêem um bom livro, enquanto a criança corre pela
casa.
Sobre "Acessos de Raiva":
Se uma criança fica frustrada por causa da própria inabilidade, ela
logo usa o acesso de raiva. Se isso acontecer, não é de castigo que
ela precisa, mas de uma mão amiga e de conforto .
Sobre atuação especial no Supermercado:
Não
importa o que você faça, metade das pessoas que observam vai achar
que você está agindo errado.
Se
as compras e seu filhinho não se dão bem, use as avós, um vizinho ou
uma ajuda ocasional para que você faça compras livre de acessos de
raiva.
Origada por dizer isso! (Perceberam que rola um certo trauma desse negócio de ir ao supermercado para a mãe aqui né?)
Sobre uso do banheiro:
Não
tenha pressa, não brigue, relaxe. Sobre esse item específico relato aqui, aqui, aqui e rapidamente aqui, sobre minha experiência até então.
Uma
criança deve ser capaz de manter as fraldas secas a noite, antes que
se espere que a cama fique seca.
Sobre "Dormir só":
O Método
de Choro Controlado consiste em deixar a criança chorar por um
pequeno período de tempo, em seguida dar um pouco de atenção mas não
muito, deixando-a chorar um pouco mais a cada vez, sempre oferecendo
atenção incompleta, gradualmente deixando que o tempo de choro
aumente. Assim a criança vai começar a pensar: eu sei que ela me
ama, sei que ela vem sempre me atender, mas não vale a pena tanto
esforço. Confesso que esse negócio de deixar chorando, seja pelo tempo que for, não me agrada não... Falei sobre isso aqui e estou cá tentando um método particular que talvez dê certo... se der... conto depois.
Sobre "Não querer ir dormir":
.... um
período de desligamento antes de dormir. Dê um banho, converse,
acaricie e leia uma história tranquila. Todo livro, artigo e etc recomenda o tal do banho antes de dormir. Tenho que dizer que comigo não funcionou (anti-bizu total!). Ao invés dela relaxar, ela despertava... sempre foi assim... parecia que eu tinha dado carga na tomada. O que sempre funcionou bem foi a parte do acariciar... era o momento "vamos desacelerar" que aí ela sabe que precisa acalmar... fica um pouquinho no meu colo e daí pra cama... um pulo.
Sobre "Alimentação":
Nunca
permita que a hora da refeição se transforme numa batalha. Para desespero de avós e cia... comigo é assim: não quer, não come! Simples assim.... Nunca forcei e não tive até agora nenhum problema com isso.
Dentro
do razoável, experimente dar a elas o que querem, onde querem e
quando estiverem com fome. Vão ter de adquirir os hábitos dos adultos
mais cedo ou mais tarde mas no começo é importante que elas
aprendam a gostar do processo de alimentação.
Sobre "Mal comportamentos":
AS mordidas: se a mordida acontecer, ignore o mordedor e dê os melhores
brinquedos e toda a atenão para a parte atacada. Poutz... Se eu tivesse lido isso antes... Eu só tentava não dar muito crédido ao ocorrido... tipo evitar a platéia, sabe como é? Mas essa técnica aqui ainda ajudaria a ficar bem com o mordido em questão (mais especificamente com a mãe do pequeno agredido) o que teria me livrado de alguns constrangimentos sociais.. Essa época das mordidas já passou, mas acho que vou utilizar essa técnica para os casos do "é meu" que é o que tá pegando ultimamente.
Não se desespere: lembre-se de que esse é um hábito dos primeiros 2 anos
e meio, e pode ter certeza de que ele não vai sair por aí mordendo
os outros quando for adulto. 2 anos e meio? Tá certo que Pissuca não era de morder muito... mas antes dos 2 anos ela já tinha perdido esse hábito. Acho que rolou uma certa margem de segurança aqui...
Com
crianças pequenas basta distraí-las e manter suas mãozinhas e
mentes bem ocupadas.
Se
distração não funcionar, melhor ignorar
Quando
não for mais possível ignorar a irritação, é hora de utilizar a
técnica de mudar de ambiente. Ah... isso eu fiz muito e ainda faço... Tiro ela do palco... assim fica mais fácil prestar atenção no que estou dizendo e evito os os olhares reprovadores contra essa mãe-má-que-dá-bronca.
Mesmo
a criança mais doce pode desenvolver hábitos desagradáveis. A
maioria dos problemas é inocente e vai passar com a maturidade.
Enquanto você espera que isso aconteça: Concentre-se na luz no fim do
túnel e caminhe calmamente naquela direção.
Éh.... Mesmo que o túnel lhe pareça com a extensão de uns 20 anos de distância...
Esse lance de educação é um troço que me tira o sono (algumas angústias descritas aqui... e alguns bizus (meio desatualizados, mas prometo atualizar quando der) aqui ...)
Chupetas: Muitos pais decididos a não permitir o uso desses objetos calmantes ("Táqui" Euzinha) acabam recuando quando confrontados com uma criança que se mostra extremamente irritada e difícil.
Se a chupeta pode ajudar nesses casos, então, ótimo! Sim... Ajuda sim... e muito!
Esse lance de educação é um troço que me tira o sono (algumas angústias descritas aqui... e alguns bizus (meio desatualizados, mas prometo atualizar quando der) aqui ...)
Chupetas: Muitos pais decididos a não permitir o uso desses objetos calmantes ("Táqui" Euzinha) acabam recuando quando confrontados com uma criança que se mostra extremamente irritada e difícil.
Se a chupeta pode ajudar nesses casos, então, ótimo! Sim... Ajuda sim... e muito!
Elas
não causam nenhum mal.
Na
hora certa, preferencialmente antes dos 2 anos e meio, tire as
chupetas . É.. preciso começar a pensar nisso urgente.
Depois
dos 3 anos e meio, a criança pode ser convencida com mais facilidade
a largar a chupeta. As vezes após muita barganha. Ah tá.... Nada que um carro 0Km não compre!
Não se engane: você
nunca poderá esconder dos filhos a tensão e a infelicidade do
ambiente.
Para
nós, especialistas, está muito claro que não é o número de horas
passadas em casa que faz a diferença, mas:
- (...dentre outras também importantes)
- o bem-estar emocional da mãe;Sim amigas .... eu, pelo menos, demorei para entender isso.
Avó
e avô fazem parte das riquezas naturais que são consideradas as
mais valiosas e as menos utilizadas para cuidar de crianças. Tá bom... concordo absolutamente com a parte das riquezas naturais... mas... permita-me advertir: usar com parcimônia (pelo menos no meu caso).
Pais
que trabalham fora (Euzinha aqui de novo) e casa bonita não são uma
combinação compatível. Limpeza, higiene e relativa exigencia são
desejáveis, mas não devem se transformar em obsessão. É
dificil comunicar com uma criança enquanto o aspirador de pó funciona,
assim como e impossível uma boa brincadeira divertida pela casa,
quando os pais são fanáticos por arrumação, e não permitem que se tire nem uma almofada do lugar. Agora aqui podem me excluir da conversa. Não não não.. prefiro muito mais uma bagunça divertida do que uma organização entediosa.
Espera-se
que a mãe que trabalha fora tenha dois empregos de tempo integral, embora receba pagamento ou agradecimentos por apenas um deles.
Uma dica legal: os comprimidos descem pela garganta com maior facilidade quando colocados num pouquinho de sorvete. Pissuca não dá trabalho para tomar remédio de jeito nenhum... graças a Deus... mas ainda não precisei dar comprimidos, quando a hora chegar ... já sei como minimizar os traumas... rs.
************************
É isso! Até a próxima resenha... No momento estou lendo: "Claro que eu te amo, mas vá para o seu quarto"... aguardem (mas pode demorar!) rs...
Sou doida para comprar esse livro! Adorei as observações!!
ResponderExcluirCompra... vc nao vai se arrepender... eh otimo!
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