4 de maio de 2010

Julia em fúria

Esse post é atual, aconteceu semana passada... e aproveitei e acrescentei um historicozinho dessa evolução comportamental (dizem .. normal ??? !!!) dos bebês - e percebam que a evolução do quadro é rápida. Primeiro os draminhas (até bonitinhos), depois as birras (já não tão bonitinhas assim) e aí chega ao cúmulo, ao ápice do temperamentalismo... aff...
Mamães novas e futuras, preparem-se; mamães experts, relembrem.

***** Júlia em Fúria - Texto registrado em 28/04/10 - Pissuca com 1 ano e 5 meses *****

Ó, vou dizer, as crianças de hoje são muito temperamentais... só pode ser resultado da quantidade de acido fólico que a gente toma hoje em dia durante (e antes) da gravidez.

Primeiro foram os dramas, depois as birras, agora são ataques de fúria (onde isso vai parar?). Do tipo daquele choro estrideeeeente, gritado, que os vizinhos já devem achar que a gente faz sessões de tortura infantil aqui em casa.

E a característica principal é: não se sabe nunca o motivo (o que deixa mamãe a beira também de um ataque... de nervos) e quando se descobre, normalmente é algo besta besta besta. Ontem foi um dia desses de fúria (aliás é só a segunda vez que acontece, mas que já me fez incluir em minhas orações diárias: “Deus, por favor, faça com que a Julia não tenha mais nenhum ataque de fúria”).

Hora de dormir... e tudo bem (mamãe, mimi pra cá.... mamãe, mamá pra lá) mamá pronto e de repente, começa o choro (que vc pensa que é a birra normal do dia a dia, dizem, normal nessa fase) mas rapidamente o choro fica simplesmente escandaloso, vc oferece a chupeta ela joga longe, oferece um brinquedo ela dá tapas raivosos no brinquedo, tenta consolar no colo e ela se estica inteira com a cabeça pra trás, vc põe no chão e ela se joga ao mesmo tempo que ergue os braços pedindo colo e vc pega no colo e ela se estica de novo, vc pergunta o que é e ela só grita. Lembra do Gremilin em contato com a luz e alimentado após a meia-noite? Então... é exatamente esse o processo: aquela coisinha fofa simplesmente se transforma num monstrinho.

Bom... aí , já visto que não haveria jeito de acalmá-la, começou a guerra da troca da fralda... e aí ofereci o mamá... ela chorou ainda mais, mas começou a gritar “mamá, mamá”.
“Mas como assim? Toma o mamá!”
e aí ela gritava ainda mais e mais (gente, que fôlego é esse!).
Coloquei ela no chão e deixei a mamadeira no chão também (assim, sem pensar, só pra liberar as mãos)....e aí como por um encanto (ou uma mão de Deus) ela pega a mamadeira e começa a mamar.

E... kri kri kri (ouve-se os grilinhos lá fora e a minha respiração ofegante). Fala sério... minha conclusão: o que ela queria era simplesmente pegar ela mesma a mamadeira e mamar sozinha. Não que ela não mamasse sozinha todos os dias (todos não, só aqueles em que ela não está com preguiça de segurar a mamadeira), a única diferença é que eu dava a mamadeira na mão dela e era isso que ela não queria. Ela queria ela mesma pegar a mamadeira de algum lugar e mamar sozinha.

Céus!

Mamou e dormiu... como.... UM ANJINHO!

Aff... situação que acaba comigo... no fim tô exausta, morta, acabada (física e psicologicamente). O Anderson diz: isso não me abala... deixa ela chorar... abstrai.... Mas como? COMO ABSTRAIR UMA CRIANÇA SE ESGOELANDO BEM NA HORA DE IR DORMIR E VC NÃO CONSEGUE NEM SABER O QUE É? Só posso pensar que pai tem algum filtro auditivo-psicológico-nerval, item que vem faltando no pacote-mãe. Só pode!


***** Ai socorro! é a fase da Birra! -Texto registrado em 12/02/10- Pissuca com 1 ano e 3 meses *****

A temida fase da birra. Qual mãe não tem verdadeiro pânico daquelas cenas de criança no chão esperniando e gritando no meio do shopping? Ah eu tenho, vai! Tenho meeeeeesmo! E a Julia bem já está começando.

A literatura diz que a partir de 1 ano começa mesmo a fase de testar os pais e com ela vêm as birras. E o mais interessante é que na creche elas dizem que ela é um anjo, não chora nem faz birra por nada. Com a gente, aff... se não faz o que ela quer é uma birra, se ela tá num dia ou numa hora meio atravessada, ai ai, é birra pra trocar a fralda, é birra pra pentear o cabelo, é birra pra tomar banho. Haja paciência!!!

Li num dos milhões de blogs que viciei desde que descobri que estava grávida que a criança fazer birra em casa significa a certeza que ela tem do amor da gente. Dizia que o lugar certo pra ela experimentar, desobedecer, desafiar, é em casa mesmo, do lado de quem ela se sente segura, amada e compreendida. Que é um ensaio pra vida real, que é melhor ser rebelde em casa do que lá fora, onde ela não encontrará a mesma compreensão nem o mesmo amor incondicional.

Faz todo sentido né?!

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Mas tudo começou assim.... Com um draminha fofo!


***** Drama - Texto registrado em 12/09/09 - Pissuca fazendo 10 meses *****

Na época da crise da Ansiedade da Separação [e.t.: com uns 9 meses] ela passou a deitar a cabecinha no meu ombro toda dengosinha. A partir daí toda vez que eu falo “Faz denguinho mamãe, faz?” ela vem toda dengosa e deita no meu ombro... E fazendo o Ahhhh qdo vem fazer o denguinho... (Ahhhhh Que denguinho gostoso!) igual no “bezo mamãe”.

Resultado dessa crise foi chegar ao extremo da dengosisse (se isso for possível): agora ela DEPRIMI. Se alguém faz o que ela não gosta ou não faz o que ela quer, ela choooooooooora jogando a cabecinha para trás e com o beiço inteiriiiiinho virado para baixo fazendo um biquinho magoaaaado; se dobra pra frente, encosta a testa no chão e fica ali chorando (ou com aquele choro mudo, mas aí nesse caso ela passa mais tempo assim com a cabecinha pra trás antes de encostar a testa no chão ... rs) até que a gente vá lá pegá-la no colo. Sente só o drama! kkkkk

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