5 de maio de 2010

Mamãe molenga = Papai que segura para vacinar

Hoje fui levar Pissuca para tomar o reforço da vacina contra a gripe H1N1 e...gente... foi um marco pra minha vida de mãe! rs....
Este post tem 2 partes....  a Parte II é a referente ao dia de hoje.

**** Mamãe molenga = Papai que segura para vacinar - Texto registrado em 27/03/10 - Pissuca com 1 ano e 4 meses ****

Podem me chacotear... sou mesmo uma mãe molenga... molenga demais-toda vida... e tive provas disso logo de cara (já no 3º dia de vida da Julia, no dia de furar a orelhinha). Depois... na hora do teste do pesinho eu quase saio correndo pela porta afora e desde então em todas as vacinas ficaram por conta do papai segurar (ou a vovó, na ausência do papai) e mesmo assim eu quase choro junto todas as vezes e eu nem olho, parece que dói em mim.

E hoje escapei de boa.. escapei de ter que levá-la sozinha para tomar a vacina da gripe suína. O Anderson ia operar do ombro essa semana e não ia poder segurá-la. Pânico total! Ai gente, sorte demais ter adiado a cirurgia e o Anderson ter podido ir... senão eu estaria completa total e irrestritamente enrolada. Não sei nem como segurar, vai que eu não seguro direito e a agulha quebra (esse sempre foi meu terror de criança, toda vez que ia tomar uma injeção morria de medo de me mexer e a agulha quebrar dentro de mim).

Sabe, com toda certeza, essa não é uma característica que eu me orgulhe. Admiro demais (até invejo de inveja boa) aquelas mães coragem que vão sozinhas com os filhos para vacinar, seguram e ainda não sentem nadinha de sofrimento. Eu sei eu sei que é tudo por um bem muito muito muito maior que aquele segundinho de picadinha de formiga, mas gente, não sei... deve ser algum trauma de infância (injustificado pois minha mãe foi auxiliar de enfermagem e o que mais ela fazia era furar as pessoas, inclusive eu).

Não gosto nem de imaginar, por exemplo, a Julia tendo que levar pontos ou se machucando sério. Ai só peço a Deus que eu consiga ser forte em momentos como esse, que eu consiga ficar calma para poder acalmá-la também (bem, dizem que na hora do pega-pra-capá mesmo a gente encontra toda coragem do mundo em função dos filhos – to confiando nisso!).

Mas enfim... não escapei de todo pois fiquei sabendo que tem que dar um reforço daqui a 1 mês ... e o Anderson estará operado... ou seja... Pânico de novo, mas pelo menos eu tenho agora 1 mÊs para me preparar psicologicamente para o dia (ou aproveitar que minha mãe vai estar aqui para ela segurar... (RS... :& lê-se: sorrisinho amarelo)

**** Mamãe molenga = Papai que segura para vacinar (Parte II - na falta de papai...) *** HOJE.

Ai... não teve como vovó segurar (porque o jeito mandou lembrança), papai não pôde porque está operado no ombro e não teve mês (na verdade mais de 1 mês) de preparação psicológica que desse jeito... tive eu que segurá-la pela primeira vez. Aff... pior ainda é a fila, aquela espera angustiante de que algo de ruim está se aproximando (drama, drama ... Julia teve a quem puxar!), mas pra mim do que pra ela, claro porque ela nem sabia o que estava por vir (ficava brincando de “ajo-adê” com a nenen que tava no colo da mãe da frente), só se deu conta mesmo quando viu o temido, horrível e braaaanco jaleco da enfermeira (desde os 6 meses que ela fica bolada quando vê esse jaleco branco). Aí pronto.. reconheceu o ambiente e já começou a chorar...

Mamãe nesse momento já estava com o coração disparado e apertado (mas acreditando que vovó que ia segurá-la), ainda mais porque também sentia o coraçãozinho da Pissuca disparado vendo o choro da menininha (coleguinha da brincadeira na fila), gritando por trás do biombo –braaanco – (ai, como não ficar traumatizada com a cor branca, heim?). Olhinho arregalado e as maozinhas já abraçando o meu pescoço pedindo socorro e pressentindo ser a próxima.

Na hora passei ela pra minha mãe... e fiquei ao lado, mas ao sentar-se na cadeira, minha mãe não teve muito jeito de segurá-la e ela ficava só chamando “mamae, mamãe” (estraçalha de vez o coração de uma mãe assim), daí vi que só tava prolongando o sofrimento dela, então num ímpeto de mãe-coragem falei “deixa, me dá ela aqui que eu seguro” e peguei ela no colo mais do que rápido, abracei ela, segurei a perninha bem forte, encostei o rostinho dela no meu e tentei consolá-la com o shxi-shxi-shxi característico (claro que em vão, porque ela choraaava e se esticava toda). Nesse instante (e foi bem rápido), pronto, tudo acabou (a injeção, porque o choro continuou mais um pouco até eu me levantar da cadeira).

E eu saí dali me sentindo “a mãe leoa”,toda orgulhosa e com todo respaldo para deitar a cabecinha dela no meu ombro e dizer: “mamãe tá aqui, mamãe tá aqui!” . Tá... tá... eu sei , eu sei ... só uma agulhinha de nada e eu aqui relatando como se fosse um conto épico, mas olha... encagaçada como sou, vou dizer que foi uma vitória viu? E sabem aquela história do pega-pra-capá? Então... podem confiar que é isso mesmo, na hora H, a MÃE fala mais alto!

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